Inscrição de desempregados no IEFP recua há oito meses seguidos

No final de Novembro, havia 345.88 pessoas inscritas nos centros de emprego, uma redução de 13,2% em relação a 2020 e de 1,6% face a Outubro último.

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No final de Novembro, havia cerca de 346 mil desempregados registados nos centros de emprego Andreia Carvalho

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego está a recuar há oito meses consecutivos. Depois de, em Março, ter atingido o nível mais elevado de inscrições no período pós-pandemia (432.851 pessoas), o desemprego registado começou a cair em Abril e, em Novembro, recuou 1,6% face ao mês anterior e 13,2% em relação ao ano passado.

Na nota publicada nesta segunda-feira, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) dá conta de 345.884 desempregados inscritos e destaca o facto de, pela primeira vez desde 2003, se assistir a oito descidas mensais consecutivas do desemprego registado.

A diminuição do desemprego homólogo, sublinha o IEFP, ficou a dever-se à redução no grupos dos indivíduos que estão inscritos há menos de um ano (menos 75.648), que procuram novo emprego (menos 50.785) e com idade igual ou superior a 25 anos (menos 40.833).

A redução do desemprego fez-se sentir em todas as regiões do país com destaque para o Algarve (-23,4%) e para a Madeira (-23,9%). Mas na comparação com o mês de Outubro, o Algarve registou um acréscimo de 28,5% e os Açores de 0,7%.

No que diz respeito à actividade económica de origem do desemprego, dos 293.346 desempregados que, no final de Novembro, estavam registados no continente, 73,2% vinham do sector dos serviços, sobretudo das actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, que representam 30,2% do total; 19,6% eram provenientes do sector secundário, em particular da construção; enquanto 4,2% tinham trabalhado anteriormente na agricultura.

Todas as actividades registaram redução do desemprego, mas o IEFP destaca as variações significativas registadas na indústria do couro e dos produtos do couro (-28,8%); no alojamento, restauração e similares (-24,8%); no fabrico de equipamento informático, eléctrico, máquinas e equipamentos (-21,7%); nos têxteis (-21%) e na indústria do vestuário (-20,8%).

O número de novas inscrições registadas em Novembro teve uma subida de 6,7% em relação a Outubro, embora isso não tenha influenciado o número total de desempregados registados pelo IEFP.

No mês em análise inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 47.142 desempregados, mais 2974 pessoas do que em Outubro e menos 4823 (9,3%) do que no mês homólogo.

Mais uma vez, Novembro evidenciou que o número de ofertas de emprego que chegaram aos centros de emprego superaram a capacidade de colocação dos desempregados.

As ofertas recebidas totalizaram 11571, mais 37,6% do que em 2020 e menos 10,2% do que em Outubro, com o imobiliário, o comércio e o alojamento a apresentarem um maior dinamismo.

Os centros de emprego conseguiram encontrar colocação para 7616 desempregados e também aqui se registou um aumento (de 19,5%) em relação a 2020 e um recuo (de 4,9%) em relação ao que tinha sido alcançado em Outubro.

A análise das colocações por grupos de profissões, destaca o IEFP, “mostra uma maior concentração nos trabalhadores não qualificados (24,2%), nos trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores (21,7%) e nos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (12,6%).

A crise provocada pela pandemia acabou por ter um impacto menos forte do que seria de esperar no emprego, devido às medidas de apoio mobilizadas nos últimos dois anos, como o layoff simplificado, o apoio à retoma ou os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores.

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