Sobre a noite passada: Succession acabou num bom dia para um “red wedding

Fim da terceira temporada de Succession, provavelmente a melhor série de televisão actual, baralhou o jogo e talvez tenha mudado o tabuleiro. Nunca como agora uma ficção sobre os media se cruzou tanto com a nossa realidade.

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Jeremy Strong como Kendall Roy HBO

A terceira temporada de Succession, provavelmente a melhor série de televisão no activo, chegou ao fim depois de dois meses de terapia de grupo para espectadores que procuram a resposta para vários enigmas — porque é que estas pessoas horríveis são tão apaixonantes, em que mundo mediático vivem e, sobretudo, que série estão a ver? A resposta do autor Jesse Armstrong e do elenco central Jeremy Strong, Kieran Culkin, Sarah Snook e Brian Cox é um salutar “fuck off!”. Porque esta é uma série sobre quem manda nos media que é também uma série que manda nos media, desdobrando-se em entrevistas, presenças televisivas e milhentos podcasts ao longo das últimas nove semanas em pura psicanálise do planeta séries. A ronda terminou com All The Bells Say, um último episódio em crescendo vertiginoso que acabou com uma facada de Judas digna do “casamento vermelho” de uma outra série sobre famílias em guerra por um trono. Isto anda tudo ligado.

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