Um momento de publicação independente: Swallow the Universe
Fanzines, edições de autor, livros de artista — nesta rubrica queremos falar de publicação independente. João Caridade apresenta Swallow the Universe.
Apresenta-nos a tua publicação.
Swallow the Universe é uma viagem dentro de ti, é um “vá para fora cá dentro”, é movimento, fisicalidade, acção em forma de banda desenhada. Conceito, desenho e produção de João Caridade.
Quem são os autores?
João Caridade é um artista português residente no Reino Unido que se dedica ao desenho aplicado a bandas desenhadas, t-shirts e impressões gráficas. Além disso, tem um projetco de pintura de mural com Joana Batista chamado Tinta Fresca com trabalhos em Portugal e Reino Unido.
Do que quiseste falar?
A banda desenhada tem uma multitude de caracteres, lança-se como uma jornada pseudo-científica do processo de digestão, com entradas e ressonâncias, inspirada em ficção científica e com insinuações carnais. Por outro lado, procura explorar algumas das convenções das bandas desenhadas, por exemplo, a importância da onomatopeia, imagens como fio condutor da narrativa e um trabalho de qualidade gráfica sustentada da primeira à última página. A narrativa é intencionalmente solta, é uma questão aberta: quero que o leitor use a sua experiência e imaginação livremente.
Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
A BD tem 24 páginas, desenho digital, capa a cores, conteúdo preto e branco e rosa. É uma auto-publicação, com uma tiragem consoante recepção do público.
Onde está à venda e qual o preço?
Swallow the Universe custa 6,5 euros e está à venda em caridade.co.uk, na Gosh Comics (Londres) e Tinta nos Nervos (Portugal).
Porquê fazer e lançar publicações hoje em dia?
As publicações contam histórias, o ser humano é feito de histórias, é importante agarrar em livros, cheirar e folhear as páginas, partilhar o seu conteúdo. Os livros são nossos amigos. Pessoalmente, bandas desenhadas são o media que faz mais sentido ler, uma fusão perfeita de palavras e imagens.
Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal.
Recomendo um livro da autoria de Isabel Baraona editado este ano chamado Procissão, um relato visual singular da condição humana.