Sp. Braga empata e disputa play-off da Liga Europa

Estrela Vermelha garantiu vitória no Grupo F e minhotos beneficiaram no nulo entre Ludogorets e Midtjylland, na Bulgária.

Foto
EPA/HUGO DELGADO

O Sp. Braga não foi além de uma igualdade (1-1) na recepção ao Estrela Vermelha, esta quinta-feira, para a última ronda do Grupo F da Liga Europa, falhando o objectivo de entrar directamente nos oitavos-de-final. Os minhotos garantem, ainda assim, o acesso ao “play-off” para poderem prosseguir na competição... muito graças ao nulo entre Ludogorets e Midtjylland, que evitou o pior cenário, de “queda” para a Liga Conferência.

O Sp. Braga até esteve nos “oitavos”, com um penálti de Galeno. Mas outro penálti de Diogo Leite ditaria a igualdade que prevaleceu até final.

O Estrela Vermelha fez exactamente o que seria de esperar de qualquer equipa a “jogar” com dois resultados possíveis para a qualificação directa para os oitavos-de-final: reforçou a última linha, composta por três centrais e dois homens a fechar os corredores laterais, esperando uma precipitação bracarense, apostando claramente na profundidade e velocidade oferecida pelos laterais.

Enquanto os sérvios aguardavam pelo momento certo para desferir um golpe mas aspirações dos minhotos, o Sp. Braga partia em busca de um golo que lhe retirasse algum excesso de carga nervosa e proporcionasse o conforto emocional necessário para impor um estilo de jogo capaz de desmontar a fortaleza do adversário.

Iuri Medeiros deu o primeiro sinal com um remate a rasar o poste ainda antes dos cinco minutos, exemplo seguido pouco depois por Ricardo Horta, num “vólei” a passe de Yan Couto que obrigou Borjan à primeira grande defesa da noite. A segunda pertenceria a Matheus, a negar, nos limites da elasticidade, o golo a Kanga, a revelar poder de fogo numa segunda bola em que o meio-campo bracarense deixou o espaço necessário para o adversário atacar.

Com o maior traquejo e também alguma dureza dos sérvios, patrocinada por um árbitro com critério muito largo, o jogo entrou numa toada favorável às ambições e expectativas dos sérvios. O Estrela Vermelha aproveitava para reclamar iniciativa e criar alguns problemas que a equipa de Carlos Carvalhal foi resolvendo sem verdadeiramente ser capaz de controlar esse período, apesar dos números esclarecedores das estatísticas quanto à superioridade dos portugueses, especialmente em matéria de acções ofensivas.

Essa condição haveria de manter-se no arranque da segunda parte, altura em que o Sp. Braga assumiu o comando do encontro e da classificação do grupo com um golo de Galeno, na sequência de penálti a punir mão de Gobeljic. Os sérvios acusaram o golpe, sobretudo porque o golo do Sp. Braga obrigava a equipa de Stankovic a recorrer ao plano B e a ter que correr em busca da bola que os “guerreiros” faziam desaparecer em triangulações difíceis de desmontar. Carvalhal aproveitava a deixa para passar a defender a cinco, invertendo os papéis com os sérvios, que foram forçados a antecipar as substituições.

Porém, mais um penálti de Diogo Leite permitiu ao Estrela Vermelha posicionar-se de novo no topo, obrigando os minhotos a recomeçarem a tarefa de perseguir o único resultado que os colocava a salvo de uma surpresa.

Os minhotos acamparam no meio-campo dos sérvios, tentaram de todas as formas e ainda viram o guarda-redes negar um golo a Raul Silva, esgotando-se aí as possibilidades dos bracarenses de chegarem ao primeiro lugar do grupo.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários