Mark Cavendish fica na QuickStep, mas não vai ao Tour

O recorde que Cavendish partilha com Eddy Merckx ficará como está. Sem ir ao Tour, o britânico vai continuar “apenas” com 34 triunfos na prova gaulesa, os mesmos do belga.

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EPA/Tim de Waele / POOL

O ciclista britânico Mark Cavendish, que este ano igualou o recorde de vitórias em etapas da Volta a França, vai continuar na QuickStep na próxima temporada. Depois de semanas de negociações e especulações, o suspense acabou nesta terça-feira, com os belgas a anunciarem que “Mark Cavendish vai ficar na equipa mais uma época”.

“Estou extremamente orgulhoso e feliz por ter chegado a um novo acordo com a QuickStep. Há um ano, quando cheguei, não escondi a minha admiração por aquilo que esta equipa faz e o quão feliz estava por voltar [...] os últimos 12 meses foram fenomenais e o apoio que tive por parte da equipa e do staff emocionaram-me por vezes. Estou ansioso por criarmos, em conjunto, mais memórias especiais dos próximos 12 meses”, disse o sprinter de 36 anos.

Após várias temporadas afastado da ribalta, “Cav”, que é considerado um dos melhores sprinters de sempre, "renasceu” na equipa belga: não só voltou a ganhar 1.159 dias depois, como igualou o recorde de 34 triunfos de Eddy Merckx na Volta a França, prova para a qual foi “convocado” à última hora e onde conquistou a camisola verde, estabelecendo o recorde de maior número de anos entre vitórias na classificação por pontos (10).

Recorde ficará na gaveta

O ciclista da ilha de Man, que no final de 2020 tinha chegado a admitir pôr um ponto final na sua carreira, reencontrou-se com os grandes resultados na formação belga, que já tinha representado, com enorme sucesso, entre 2013 e 2015.

“O mundo viu o que ele fez este ano. Aquilo que não viram foi a forma como ele fala e lidera dentro da equipa e como encoraja toda a gente - temos um grupo muito unido e o Mark sempre incorporou esse espírito. Embora seja ele que cruza a linha [de meta] com os braços no ar, é o primeiro a reconhecer o trabalho da equipa, o que significa muito para todos. Estamos mais do que satisfeitos por podermos continuar a nossa história com o Mark um ano mais”, referiu Patrick Lefevere.

O “patrão” da equipa já afirmou, contudo, que Cavendish não será aposta da QuickStep-Alpha Vinil (o nome da formação para 2022) no próximo Tour, uma vez que o sprinter da equipa será o holandês Fabio Jakobsen, que brilhou na Vuelta após uma paragem prolongada motivada pela grave queda na Volta a Polónia no ano anterior.

O recorde que Cavendish partilha com Eddy Merckx ficará, desta forma, “na gaveta”. Sem ir ao Tour, o britânico vai continuar “apenas” com 34 triunfos, os mesmos do belga.