Reabastecimento de autotestes estará “regularizado” até terça-feira

Em vários supermercados das principais cidades do país continuava, neste domingo, a não existir autotestes para venda. Há superfícies onde o ritmo de vendas passou de mil por semana para 16 mil, o que levou a uma ruptura.

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Desde o dia 1 que os testes são obrigatórios para a entrada em muitos locais Adriano Miranda

Até terça-feira, o reabastecimento de autotestes para despistagem do vírus SARS-CoV-2 nos supermercados estará “regularizado”, não se esperando novas rupturas como tem estado a acontecer devido à alta procura. Também nas farmácias, onde estes autotestes se esgotaram, a situação deverá ficar normalizada durante esta semana.

“Amanhã e terça-feira vamos receber grandes volumes de autotestes que temos estado a encomendar aos laboratórios estrangeiros que os fabricam e que estão a chegar por avião ou por via terrestre”, assegura o director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier. Frisando que “não há motivo para preocupação”: “Não temos qualquer indicação de esgotamento de stocks nos laboratórios. É tudo uma questão logística.”

Gonçalo Xavier explica que “não estavam preparados” para a explosão da procura, existindo locais que passaram de um ritmo semanal de vendas à volta de mil testes para cerca de 16 mil.

Esta demanda generalizada, que também se verifica noutros Estados-membros da UE, levou a que vários supermercados das principais zonas urbanas, como Lisboa, Porto e Coimbra, tenham ficado sem autotestes para venda, situação que continuava a registar-se neste domingo, refere o responsável da APED.

Da parte da Associação Nacional de Farmácias (ANF) adianta-se que nestes estabelecimentos “continuou a haver stock, apesar de algumas situações pontuais de falha para reposição, para as quais se espera regularização durante esta semana”.

A corrida aos autotestes deriva das novas medidas decretadas pelo Governo para tentar conter a infecção por covid-19, que entraram em vigor no passado dia 1. A apresentação de testes negativos passou a ser exigida para acesso a discotecas, eventos desportivos e culturais, visitas a lares, entre várias outras situações. 

Para o aumento da procura contribuiu, aliás, o facto de muitos dos empresários da restauração e da diversão nocturna terem também acorrido aos supermercados para se abastecerem de testes que possam disponibilizar aos clientes, adianta Gonçalo Lobo Xavier.

Entre consumidores individuais e empresários, “houve pessoa a comprar 50 ou 100 testes de uma só vez”, o que levou algumas superfícies comerciais a optar por “racionar” a sua venda de modo a evitar o “açambarcamento”, acrescenta o director-geral da APED.

Numa notícia publicada neste domingo, o Observador dá conta que há pessoas a porem testes à venda em plataformas como o OLX a preços muito superiores àqueles que são praticados nos supermercados e nas farmácias. Em várias destas, os testes rápidos podem ser feitos de modo gratuito por serem comparticipados pelo Estado.

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