Amorim vence categoricamente o primeiro derby na Luz

Jorge Jesus nunca tinha perdido no recinto benfiquista em confrontos com o Sporting, mas acabou vergado pela eficácia atacante do adversário.

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A festa dos jogadores do Sporting na Luz LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Matheus Nunes marca o 3-0 Reuters/PEDRO NUNES
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O desalento dos jogadores do Benfica LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Jorge Jesus LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Paulinho no lance do 2-0 Reuters/PEDRO NUNES
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Rafa desolado LUSA/MIGUEL A. LOPES
Joaquín Larrivey
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Momento do jogo LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Rúben Amorim Reuters/PEDRO NUNES

O primeiro triunfo do Sporting de Rúben Amorim num derby no Estádio da Luz, onde registara a última derrota no campeonato, ainda na temporada passada, foi categórico. Os 3-1 no final do encontro renderam ao Sporting a 12.ª vitória consecutiva em todas as competições e permitiram aos “leões” voltarem a colar-se ao FC Porto no topo da classificação. Jorge Jesus perdeu o primeiro embate entre os dois grandes rivais lisboetas na casa “encarnada” e viu muitos lenços brancos das bancadas.

Com uma entrada personalizada e confiante, pincelada com alguma extra dose de agressividade, o Sporting surpreendeu o Benfica na primeira parte do encontro. Pressionou alto, sempre com dois ou três jogadores onde o adversário tinha bola, com um bloco compacto que manietou a organização do adversário, nomeadamente na ligação entre o meio-campo e o ataque.

A impetuosidade dos jogadores “leoninos” valeu à equipa dois cartões amarelos logo nos instantes iniciais, condicionando Feddal (que varreu João Mário no primeiro minuto) e Paulinho (por protesto na sequência do lance). Mas sem alterar a postura, o Sporting chegou ao golo logo aos 8’. Assistido na perfeição por um cruzamento de Pedro Gonçalves, Pablo Sarabia rematou de primeira para as redes benfiquistas, sem deixar a bola tocar no chão.

Com um trio ofensivo composto por Everton, Rafa e Darwin, que rendera duas goleadas neste mesmo palco frente ao Sp. Braga (6-1) e Paços de Ferreira (4-1), a ideia de Jorge Jesus seria privilegiar a velocidade, mobilidade e dinâmica atacantes. Mas a bola raramente chegou à zona de finalização nos primeiros 45’.

É verdade que o Benfica reagiu bem ao golo, mas os “leões” respondiam sempre com rápidas transições atacantes, usando os corredores laterais para cruzamentos perigosos para a área. Um deles, de Matheus Reis, na direita, já no ocaso da primeira parte, foi aproveitado por Paulinho para marcar o segundo, mas o avançado português foi apanhado em fora-de-jogo (na segunda parte, aconteceria o mesmo ao Benfica, num lance protagonizado por Yaremchuk).

Um susto para os “encarnados” que não encontravam espaços para movimentos de ruptura no ataque à baliza contrária. Algo que sobrava ao Sporting que, entre o golo marcado e o anulado, ainda viu um remate de Pedro Gonçalves ser desviado para o poste direito por Vlachodimos.

Insatisfeito com o que via no relvado e a modéstia estatística no ataque da sua equipa, Jesus promoveu uma substituição ao intervalo, reforçando a frente com Yaremchuk (para o lugar de Lázaro). Uma alteração que não mexeu com o desenho táctico, mas permitiu um elemento mais posicional na frente, com Everton e Darwin descaídos para os flancos. Libertou também um dos elementos mais criativos, Rafa Soares, que protagonizou, logo aos 47’, um dos lances mais perigosos dos “encarnados”, mas falhou na finalização.

Bolas aos postes

Pouco depois, Rúben Amorim, que não mexeu no “onze” para a segunda metade, acabou por ser obrigado a uma alteração, com Feddal (que estava amarelado) a sair lesionado. Chamou para o seu lugar Ricardo Esgaio, que passou para o corredor esquerdo, descendo no terreno para terceiro central Matheus Reis.

Nesta fase era o Benfica que estava por cima da partida, criando as melhores oportunidades. Por duas vezes levou a bola aos ferros (Darwin de cabeça, aos 60’, e Rafa, aos 64’), mas entre estes dois lances infelizes para o ataque “encarnado”, seria o Sporting a ampliar a vantagem. Um passe de ruptura de Matheus Nunes chegou a Paulinho, que sozinho perante Vlachodimos picou a bola e confirmou mesmo um golo no Estádio da Luz, aos 62’, logo após mais um falhanço ofensivo do conjunto de Jesus, desta vez de João Mário.

A grande noite dos “leões” não ficaria por aí, com Matheus Nunes, aos 68’, a ampliar o resultado para 3-0, perante a incredulidade da maioria dos cerca de 50 mil espectadores nas bancadas, que não foram parcimoniosos nos lenços brancos exibidos ao seu veterano treinador.

Antes do final, Pizzi, com um grande golo, ainda reduziu para os “encarnados”, mas o golo não serviu para amenizar a dor dos benfiquistas.

Depois de oito triunfos e dois empates na Luz frente ao Sporting, Jesus caiu com estrondo no 26.ª derby da sua carreira, ao serviço das duas equipas. No confronto entre o melhor ataque do campeonato (Benfica, com 34 golos) e a melhor defesa da prova (Sporting com quatro golos sofridos), venceu a estratégia de Rúben Amorim, que deixou os “encarnados” a quatro pontos de distância.

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