Portugal registou, esta terça-feira, 4670 casos de covid-19 e 17 mortes provocadas pelo vírus. Há quase dez meses que o país não tinha um valor tão elevado de casos: a última vez tinha sido no dia 5 de Fevereiro (boletim do dia 6), quando foram anunciadas 6132 infecções. 

De acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta quarta-feira, o total de vítimas mortais sobe assim para 18.458 e o de infectados ascende a 1.151.919, desde o início da pandemia.

Das 17 mortes registadas esta terça-feira, 8 ocorreram em pessoas com 80 ou mais anos, sete na faixa etária entre os 70 e os 79 anos e, por último, foi declarado um óbito de uma pessoa com idade compreendida entre os 60 e os 69 anos.

O número total de doentes internados subiu esta terça-feira. O relatório de situação indica que há agora mais 841 doentes com covid-19 nesta situação, mais oito do que na actualização anterior. Nos cuidados intensivos não houve alteração, mantendo-se 116 pacientes nestas unidades.

Portugal continua na zona vermelha da matriz de risco: apesar de o índice de transmissibilidade – designado por R(t) – ter diminuído (é agora de 1,16 em Portugal continental e de 1,15 se contabilizarmos as regiões autónomas), a incidência voltou, à semelhança do que tinha acontecido na última actualização, a subir. Portugal regista 349,8 casos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, valor que sobe para os 351,4 se tivermos apenas em conta o território continental. 

As autoridades de saúde deram como recuperadas mais 2446 pessoas, num total de 1.077.683 desde o início da pandemia.

O saldo entre novos casos e recuperações é negativo, algo que se traduz num aumento de casos activos: há agora 55.778, mais 2207 do que na segunda-feira.

Sob vigilância das autoridades de saúde estão 67.805 contactos, uma subida de 2821 nas últimas 24 horas. 

E há um ano? Menos casos, mas mais mortes e internamentos

Se olharmos para o boletim do dia 1 de Dezembro de 2020, vemos um número menor de novos casos, mas muitas mais mortes. Foram registados 2401 casos, quase metade dos 4670 registados esta terça-feira. O número de óbitos, contudo, era muito superior ao registado actualmente: no boletim do ano passado figurava 72 mortes em 24 horas.

Os internamentos também eram muito superiores em 2020, com 3275 doentes nos hospitais. Nos cuidados intensivos estavam 521 pacientes.