Com Macan eléctrico na calha, Porsche aposta na potência

Uma versão 100% eléctrica deverá chegar daqui a um ano. Até lá, a marca de Estugarda não poupa na potência para o Macan: de 265 a 440cv. Os preços arrancam nos 82.526€

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Porsche Macan DR
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O Macan é a porta de acesso para 80% dos novos clientes da marca e um dos modelos mais bem-sucedidos em termos de vendas, com 600 mil unidades comercializadas desde o lançamento. Isto, apesar de muitos terem torcido o nariz quando a Porsche, muito associada aos desportivos, se aventurou pelo segmento dos sport utility vehicles (SUV), tanto com o Cayenne, em 2003, como, mais de uma década depois, com o mais maneirinho Macan. Por isso, não é de admirar que este modelo esteja um passo à frente no que diz respeito à electrificação: em testes de estrada desde antes do Verão, o SUV compacto com motor BEV (Battery Electric Vehicle) está previsto chegar aos mercados em 2023. Isso não significa, porém, que a Porsche tenha decidido aguardar pelo mais inovador para rever a sua gama de ponta a ponta, que se apresenta mais apurada e, acima de tudo, mais potente.

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São três as motorizações propostas, todas a gasolina. Na base da pirâmide de oferta, a partir de com preços a partir de 82.526 euros, está o conhecido 2 litros a gasolina, de quatro cilindros, que passa a debitar 265cv e 400Nm, ou seja, mais duas dezenas de cavalos de potência e 30 Nm que a versão anterior. Segue-se o Macan S (a partir de 108.037), que ganha vida com um 2,9 litros, de seis cilindros em V, e que é capaz de garantir uma potência de 380cv. No topo das propostas, o Macan GTS, que, apesar de apresentar o mesmo grupo propulsor que o S, passa a dispor de 440cv e binário máximo de 550 Nm.

Os números das prestações impressionam de igual forma, indo de 6,2 segundo para cumprir a aceleração de 0 a 100 km/h a 4,3 segundos no caso do GTS. Já as velocidades máximas vão desde 232 km/h até 272 km/h.

A evolução foi também trabalhada no sentido de tornar o Macan mais dinâmico, aproximando-o de um desportivo mais puro, através das alterações no sistema de vectorização de binário e nas suspensões que, no GTS, é pneumática (no base e no S há esse opcional, mas é preciso pagar à parte), o que na prática implica que é possível aproximar o carro ao solo até um centímetro, baixando assim o centro de gravidade.

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Porsche Macan GTS DR

Se nas mecânicas, a Porsche puxa dos galões para mostrar que é capaz de ir mais longe, no design pouco foi mexido, numa lógica de “em equipa que ganha não se lhe mexe”. De referir apenas alguns retoques, como uma grelha com diferente desenho, que se integra na frente do carro de forma a fazê-lo parecer mais largo, assim como um difusor novo que, em conjunto com os ombros largos por cima das rodas traseiras e as ópticas contínuas, marca a traseira do automóvel.

No interior, nota-se uma evolução que caminha em direcção ao que é revelado no Taycan (mas também nas demais marcas do Grupo Volkswagen): os botões deram lugar a comandos tácteis e houve um investimento em tornar toda a experiência mais intuitiva (curiosidade: o volante foi herdado do 911). No centro, destaque para um ecrã táctil de alta resolução de 10,9 polegadas.

Na segurança, o novo Macan ainda não foi submetido aos testes Euro NCAP, mas é previsível que mantenha as cinco estrelas conquistadas em 2014, com a introdução de série de várias ajudas: aviso de saída de faixa, cruise control e limitador de velocidade, sistema de ajuda ao estacionamento (à frente e atrás) com avisos acústicos e visuais e alerta de distância e travagem.

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