Os riscos de um PSD amarrado às bases
Para ganhar o país, Rui Rio vai precisar de uma equipa forte, credível e com conhecimento e provas dadas. Os melhores do seu partido, porém, estiveram ao lado de Rangel.
A vitória de Rui Rio sobre as elites e o aparelho do PSD diz muito sobre o seu perfil político e diz ainda mais sobre o que é hoje o PSD. Contra todas as previsões, Rio teve a coragem de ir à luta e foi capaz de convencer os militantes comuns da bondade do seu projecto com uma mensagem clara que o colocava como o verdadeiro representante dos interesses do país contra o baronato que, ora vive na estratosfera, ora está na política a perseguir “interesses pessoais”. Mas se este discurso popular e vagamente populista triunfou, é porque o PSD dos militantes ganhou consciência própria do seu poder, acabou de vez com o patrocinato dos líderes locais e regionais e desligou-se da sua elite intelectual. Nasceu assim um partido de bases, que não é necessariamente melhor do que um partido de elites.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.