Estudo
Quem são, como vivem e o que sentem os jovens portugueses?
O estudo Os Jovens em Portugal, Hoje: quem são, o que pensam e o que sentem, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, inquiriu 4904 jovens entre os 18 e os 34 anos e quis saber praticamente tudo da vida deles. Quem são e onde trabalham? Quanto ganham e gastam? Como se sentem e vivem? Um resumo: não está tudo bem.
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Trabalho entre os jovens
Metade dos jovens tem trabalho pago; outra metade não tem. Entre os que já terminaram os estudos, o mais habitual é terem trabalho pago, e entre os que ainda estão a estudar, o mais frequente é nunca terem tido. Em média, os jovens que têm trabalho pago começaram a laborar aos 19 anos e já tiveram quatro ou mais empregos — mas 51% têm um vínculo contratual instável.
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Amor e sexo
Em média, os jovens portugueses tiveram a primeira experiência sexual aos 17 anos, mas são os homens quem, em média, teve mais parceiros/as sexuais: 5,3 pessoas, contra 4 das mulheres. Tanto para os homens como para as mulheres, a relação ideal passa por ter apenas um companheiro. E quando se fala de relações poliamorosas, os homens são os que mais interesse demonstram (4% contra 1%).
No que respeita aos métodos de protecção ou contracepção que os jovens costumam usar, dependem de terem ou não companheiro/a e, quando têm, de viverem ou não juntos. Se não tiverem um parceiro habitual — ou tiverem, mas não viverem juntos —, optam pelo preservativo masculino (e pela pílula); se viverem juntos, optam apenas pela pílula.
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Casa e família
"Casar/viver com o/a companheiro/a" ocupa a sétima posição no ranking de critérios que os jovens consideram importantes para que uma pessoa possa ser considerada adulta — e 17 % dos jovens referiram-no em primeiro, segundo ou terceiro lugar de importância. Ainda assim, 57% dos inquiridos vivem em casa dos pais ou de outros familiares. Os 34% de jovens que já saíram da casa da família fizeram-no entre os 15 e os 24 anos, sendo que a média se fixa nos 22 anos.
Elas destinam mais 42 minutos diários às tarefas domésticas do que eles. Há cada vez mais casais na situação em que "os dois fazem o mesmo" em casa, mas, nos casais em que um dos membros tem entre 15 e 24 anos, 39% das mulheres jovens fazem mais tarefas domésticas do que o companheiro.
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Assédio e violência
Dos inquiridos, 42% referiram ter sofrido alguma situação de assédio ou violência quer nos locais onde estudaram ou trabalharam, quer em relações de intimidade. Destes, 53% das vítimas foram mulheres; 32% foram homens. As situações mais delicadas ocorrem entre os 15 e os 24 anos, no caso das mulheres. No caso dos homens não há grandes diferenças resultantes do passar do tempo no que toca a situações de assédio, com excepção do "assédio no local de trabalho" e do número dos que sofrem alguma violência nas relações íntimas.
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Dinheiro
Feitas as contas ao final do mês, os inquiridos gastam, em média, 73% do seu rendimento. Os homens continuam a ganhar mais do que as mulheres, sendo que 15% recebem 1159€ ou mais, contra apenas 9% das mulheres — que, na sua maioria (34%), recebem entre 601€ e 767€ líquidos.
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Escolaridade
Há mais jovens a estudar do que os que já acabaram os estudos (55% e 45%, respectivamente). Entre os que já terminaram os estudos, praticamente todos deixaram de estudar quando concluíram o ensino secundário ou pós-secundário. Entre os que ainda estão a estudar, a maioria (61 %) frequenta o ensino básico, secundário ou pós-secundário. Entre os que decidiram seguir o ensino superior, fizeram-no à espera de um posto de trabalho ou salário melhor, ou simplesmente porque gostavam de estudar. Os que não prosseguiram estudos apontam a falta de dinheiro como principal factor.
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Consumos
Dos jovens, 35% são consumidores frequentes de algum tipo de bebida alcoólica, mas o tabaco não os convence: 53% nunca fumaram. A marijuana, o haxixe e as drogas pesadas também não fazem parte do dia-a-dia dos jovens portugueses: apenas 6% fumam uma ou mais vezes por semana; e apenas 3% utilizam drogas duras regularmente.
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Cidadania e causas
Metade dos jovens eleitores portugueses vai às urnas todas as eleições e situam-se no centro do espectro político. O que os move? As alterações climáticas: 33% dizem sentir-se muito responsável por tentar reduzi-las.
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FICHA TÉCNICA
Textos e dados: Mariana Marques Durães Infografia Francisco Lopes e Cátia Mendonça Desenvolvimento web: José Alves e Francisco Lopes Ilustração: José Alves