Acordo para a formação de Governo na Alemanha apresentado hoje
Sociais-democratas, Verdes e liberais fecharam as negociações iniciadas há um mês e apresentam esta tarde o acordo para uma coligação.
Os três partidos envolvidos nas negociações para a formação do novo Governo alemão chegaram a acordo e vão apresentar os termos de entendimento esta quarta-feira, de acordo com o Partido Social Democrata (SPD).
A coligação deverá ser liderada pelo SPD, com Olaf Scholz como chanceler, com o apoio dos Verdes e do Partido Liberal Democrata (FDP).
As negociações duram há cerca de um mês e os últimos pormenores, relacionados com a política financeira e ambiental, foram fechados durante a última noite, diz a Deutsche Welle. O aparente sucesso das conversações desafia as expectativas iniciais que davam como muito complexo um entendimento entre partidos com programas tão distintos como os Verdes e os liberais.
Os três partidos vão apresentar os detalhes sobre o acordo numa conferência de imprensa conjunta marcada para as 15 horas (14h em Portugal continental) desta quarta-feira.
Os negociadores terão chegado a um compromisso para abandonar o carvão até 2030 e a geração de energia a partir do gás até 2040, segundo fontes ouvidas pela Reuters.
O acordo ainda terá de passar pelo crivo dos três partidos – as conferências do SPD e do FDP e os militantes no caso dos Verdes. A expectativa é que Scholz possa vir a ser eleito formalmente como chanceler no Bundestag na segunda semana de Dezembro.
Nas eleições de 26 de Setembro, o SPD foi o partido mais votado, mas com uma vantagem muito curta em relação à União (CDU/CSU), no poder há 16 anos, a maioria em governos de coligação com os sociais democratas. Rejeitando a hipótese de integrar uma nova grande coligação entre os dois maiores partidos, os sociais-democratas procuraram entendimentos com partidos mais pequenos.
Se Scholz conseguir a confirmação parlamentar como chanceler dentro do calendário esperado, a actual chefe de Governo, Angela Merkel, ficará a alguns dias de bater o recorde de longevidade no cargo, detido por Helmut Kohl.