Marcelo afasta novo estado de emergência e espera medidas do Governo
Presidente sugere que Parlamento poderá prolongar vigência do diploma relativo ao uso de máscaras antes da dissolução, a 2 de Dezembro.
O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que decretar um novo estado de emergência “não é questão que se coloque” neste momento em Portugal, tendo em conta que “as fasquias de internados e doentes em cuidados intensivos estão muito longe” daquelas que levaram a decisões anteriores.
Em Málaga, onde participou no encerramento do XIV encontro da COTEC, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as medidas que podem ser tomadas para conter a pandemia em Portugal e afirmou que as decisões serão tomadas depois da reunião do Infarmed, na sexta-feira.
“Nesse mesmo dia tenho a audiência semanal com o primeiro-ministro e aí vamos ver o que o Governo propõe”, disse, sublinhando que a iniciativa cabe ao executivo: “Não me substituo ao Governo, temos de esperar por aquilo que o Governo entenda”.
Lembrou, no entanto, que “há medidas cujo prazo de vigência está a terminar em fins de Novembro”, referindo o uso da máscara em locais públicos. “Vamos apreciar se a Assembleia da República prolonga o prazo de vigência do regime”, disse, acrescentando que “há plenários marcados eventualmente até 2 de Dezembro”.
Questionado sobre as medidas tomadas esta quarta-feira em Espanha, onde foi determinada a vacinação com a terceira dose das pessoas com mais de 60 anos e profissionais de saúde, o chefe de Estado lembrou que em Portugal está em curso a campanha da terceira dose em pessoas com patologia e com mais de 65 anos e apelou a que todos o façam: “Todos devem aderir, é uma questão de saúde pública”.
Marcelo afirmou ainda que Portugal está, como os restantes países europeus, a acompanhar a situação pandémica, mas lembrou a “vantagem de estarmos 10 a 20% acima” dos outros países europeus em termos da vacinação completa” e afirmou-se convicto de que “vamos vacinar rapidamente” nas próximas semanas.