Bloco debate e vota programa eleitoral em encontro nacional no fim do mês
No próximo dia 27 de Novembro, os bloquistas reúnem-se para debater o programa eleitoral com vista às legislativas antecipadas para 30 de Janeiro.
O programa eleitoral do BE para as eleições legislativas antecipadas vai ser debatido e votado num encontro nacional dos bloquistas em 27 de Novembro, em Lisboa, reunindo-se a Mesa Nacional no dia seguinte para aprovar o documento final.
De acordo com a convocatória que foi esta segunda-feira enviada aos militantes do BE, e a que a agência Lusa teve acesso, “o encontro nacional do Bloco de Esquerda é uma iniciativa de debate e de apresentação de contributos ao processo de elaboração do programa eleitoral a apresentar às eleições legislativas de 2022”.
Este encontro está marcado para 27 de Novembro e decorrerá durante todo o dia, em Lisboa, podendo participar todos os aderentes do partido “mediante inscrição prévia”.
Os participantes no encontro nacional, lê-se no documento, “votam o documento programático na generalidade”. “A Mesa Nacional do Bloco de Esquerda reúne-se no dia 28 de Novembro, procedendo à discussão e votação do documento final de programa eleitoral”, acrescenta.
Todos os aderentes poderão apresentar contributos e propostas para incluir no programa eleitoral, devendo para isso enviá-las até uma semana antes da iniciativa.
“Até dia 24 de Novembro, a comissão política do Bloco de Esquerda envia às e aos aderentes inscritos no encontro uma proposta de programa eleitoral, dando a conhecer as propostas incorporadas e as propostas rejeitadas”, refere ainda.
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 Janeiro de 2022 na sequência do “chumbo” do Orçamento do Estado do próximo ano, no Parlamento, em 27 de Outubro.
O Orçamento teve apenas o voto favorável do PS e os votos contra das bancadas do PCP, BE e PEV, além dos deputados da direita, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega. O PAN e as duas deputadas não inscritas abstiveram-se.
A perda do apoio parlamentar no Orçamento do Estado de 2022 foi um dos motivos invocados por Marcelo Rebelo de Sousa para justificar a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições.
A Constituição determina que as legislativas antecipadas têm de se realizar nos 60 dias seguintes à dissolução do parlamento -- que só poderá ser decretada, portanto, a partir de 1 de Dezembro.