Uma cela, parafernália nazi, anos de abusos: como Marilyn Manson terá submetido as suas vítimas

Investigações da Rolling Stone e do Los Angeles Times detalham padrões do comportamento do músico, que classifica os relatos como falsos. A imagem do rocker provocador pode ter ajudado a ofuscar as suas práticas.

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Marilyn Manson no Super Bock Super Rock de 2005, uma das muitas actuações do grupo em Portugal MARILYN MARQUES

Duas novas investigações jornalísticas reuniram testemunhos de mais de uma dezena de mulheres que dizem ter sido vítimas de violência sexual às mãos da estrela de rock Marilyn Manson. Revelando detalhes até aqui desconhecidos sobre a existência de uma cela insonorizada em que o músico torturaria física e psicologicamente as suas namoradas, que privava de alimentos e de sono e drogava, a revista Rolling Stone e o Los Angeles Times dão conta de como dois factores terão contribuído para manter o silêncio em torno dos seus alegados abusos: uma rede de colaboradores, técnicas de controlo mental, isolamento e administração de drogas, por um lado; e, por outro, a sua reputação de rocker transgressor e provocador, que ao longo de anos ofuscou actos e declarações problemáticas, a que se foram somando acusações públicas e privadas.

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