O regresso do nosso velho mundo global

Não foi por acaso que Xi e Putin não encontraram tempo para se deslocar a Roma, para o G20, e a Glasgow, para a COP26. Não admitem ser confrontados, nem nas salas das reuniões, nem nos protestos e nas denúncias das ruas.

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1. O mundo será igual depois da pandemia? Ainda não sabemos, mas será provavelmente muito parecido. Tive uma breve experiência desse regresso à normalidade na minha primeira viagem intercontinental depois de quase dois anos sem poder abraçar a parte da minha família que vive em Houston, Texas – filha, genro e três netas. Passei com eles o Natal de 2019. Depois, ficámos à espera. As saudades a aumentar a cada dia. Pedi no final de Agosto, quando as coisas começaram a melhorar cá e lá graças à vacina, um visto especial de jornalista para entrar nos Estados Unidos. As fronteiras americanas continuavam fechadas, incluindo aos europeus, mesmo que a Europa já as estivesse aberto aos Estados Unidos. Nunca recebi autorização. Ouvi finalmente a Casa Branca anunciar que as fronteiras seriam abertas a 8 de Novembro. Comprei o bilhete para dia 10, de forma a dar algum tempo – pouco, que as saudades eram muitas – a que os aeroportos se adaptassem a um provável grande fluxo de passageiros. Preços dos bilhetes “proibitivos”. Porquê? A subida brusca do preço dos combustíveis? Provavelmente. O boom da procura? Costumava sempre fazer o percurso Lisboa-Amesterdão-Houston na KLM. Desta vez, a Air France (a mesma companhia, depois da união entre as duas grandes transportadoras aéreas europeias) oferecia o melhor preço. A rota passou a ser Lisboa-Paris-Houston.

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