Filmes da Bélgica e Alemanha vencem 45.º edição do Cinanima

A curta-metragem Easter Eggs, do belga Nicolas Keppens, conquistou o Grande Prémio desta edição, enquanto o Prémio Especial do Júri foi entregue a Obervogelgesang, dos alemães Ferdinand Ehrhardt e Elias Weinberger

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A história do Cinanima contada através dos seus cartazes no "hall" do Centro Multimeios Nelson Garrido

Filmes da Bélgica e da Alemanha venceram os principais prémios da 45.º edição do Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, anunciou no domingo a organização.

A curta-metragem Easter Eggs, do belga Nicolas Keppens - um filme que acompanha “dois amigos em busca de aves exóticas perdidas, com uma gaiola aberta a servir de catalisador para (...) ilustrar as dificuldades interpessoais da adolescência”, segundo a sinopse - conquistou o Grande Prémio desta edição, pode ler-se na nota da organização.

O Prémio Especial do Júri foi entregue a Obervogelgesang, dos alemães Ferdinand Ehrhardt e Elias Weinberger, “sobre o racismo na Alemanha dos dias de hoje, através do conflito emocional de uma jovem que se vê confrontada com a pesada herança cultural do nazismo”.

Na competição internacional foram ainda atribuídos os prémios de melhor curta-metragem, até cinco minutos, a Selection Process, de Carla Pereira (Espanha), e, para a duração entre cinco a 24 minutos, a Swipe, de Arafat Mazhar (Paquistão).

O prémio para melhor documentário de animação foi para Maalbeek, de Ismael Joffroy Chandoutis, realizador francês que estudou na Bélgica.

Archipelago, de Felix Dufour-Laperrière (Canadá), recebeu o grande prémio para longas-metragens.

O prémio do público foi para Bob Cuspe - nós não gostamos de gente, do brasileiro César Cabral.

Já na competição portuguesa, o Prémio António Gaio foi para Seja como for, de Catarina Romano, uma “curta” de ficção de animação sobre solidão, a partir da história de “uma mulher desempregada, que está fechada em casa há muito tempo, aparentemente enclausurada do lado de fora das possibilidades do seu tempo histórico”, de acordo com a sinopse.

O festival atribuiu ainda o prémio de Jovem Cineasta Português, na categoria até 18 anos, ao filme Desconstrução do Natal, do colectivo de Jovens da Escola do Cerco, e, na categoria para maiores de 18, a Santuário, de Hugo Santos, Pedro Bilé, Diogo Costa e Tyffany Reis.

O certame, a que concorreram “2994 filmes de 111 países”, contou com 13 sessões competitivas e painéis especiais para famílias, retrospectivas temáticas, programas pedagógicos, workshops, masterclasses e exposições.

A direcção artística do festival coube este ano ao realizador e docente Pedro Serrazina.