Nova meta: população com mais de 65 anos elegível deve ter a dose de reforço da vacina até 19 de Dezembro

António Lacerda Sales adiantou que os profissionais de saúde vão começar a ser vacinados com a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir da próxima segunda-feira. Já a vacinação dos profissionais do sector social e dos bombeiros que transportam os doentes terá lugar a partir do dia 22 de Novembro.

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LUSA/ANDRE KOSTERS;André Kosters

Já foram administradas em Portugal um milhão de vacinas contra a gripe e mais de 450 mil doses de reforço da vacina contra a covid-19 à população elegível. Em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, esta sexta-feira, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales caracterizou esses números como um “marco assinalável”, mas lembrou que há ainda um “caminho a percorrer no sentido de proteger a população mais vulnerável” dos dois vírus neste Inverno. Já o coordenador do Núcleo de Coordenação do Plano de vacinação contra a covid-19, coronel Carlos Penha-Gonçalves disse que a meta para vacinar toda a população elegível com a dose de reforço a par da vacina da gripe é 19 de Dezembro.

“Estamos a pedir às pessoas que têm mais de 80 anos que se dirijam aos centros de vacinação para serem vacinadas. Não precisam de marcação, não precisam de SMS, vão ao centro de vacinação mais próximo”, frisou. Carlos Penha-Gonçalves sublinhou que aquilo que se pretende actualmente é que a percentagem de pessoas já vacinadas com a dose de reforço (cerca de 60% da população elegível) “aumente este fim-de-semana”, com a modalidade “casa aberta" disponível para quem tem 80 ou mais anos de idade

“Esse é um passo importante para podermos depois atingir aquilo que são os objectivos do plano, que é no dia 19 de Dezembro termos a grande maioria das pessoas com mais de 65 anos, e que são elegíveis, vacinadas”, notou. De realçar que só se pode tomar a dose de reforço passados seis meses da última toma. Este domingo, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que a meta definida de ter todos os maiores de 65 anos vacinados até 19 de Dezembro diz respeito à vacinação contra gripe e não à dose de reforço da covid-19. “Uma vacina não empata a outra”, sublinhou.

Por sua vez, Lacerda Sales lembrou esta sexta-feira que “a pandemia não acabou”. “Temos de continuar a ter uma atitude preventiva perante novas variantes, com o aumento de casos na Europa, e também perante a imprevisibilidade deste processo. As duas doses foram essenciais para darmos um passo em frente no regresso à normalidade, esta terceira dose bem como a vacinação contra a gripe sazonal é crucial para evitarmos dar um passo atrás”, avisou, acrescentando que as autoridades de saúde farão o possível para que tal não seja necessário. “Mas precisamos do esforço de todos”, sublinhou. 

O secretário de Estado adjunto e da Saúde frisou ainda que esta nova fase de vacinação não é comparável com a original. “Estamos a fazer um esforço para chegar a todos e não deixar ninguém para trás”, sustentou.

António Lacerda Sales adiantou que os profissionais de saúde vão começar a ser vacinados com a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir da próxima segunda-feira. Já a vacinação dos profissionais do sector social e dos bombeiros que transportam os doentes terá lugar a partir do dia 22 de Novembro. 

Quanto à vacinação com a terceira dose dos doentes recuperados, a directora-geral da Saúde que também esteve presente na conferência, disse que a norma e as regras que a Comissão Técnica de Vacinação sugeriu para a vacinação já foram redigidas e serão publicadas “nos próximos dias”.

Graça Freitas referiu que, à semelhança do que aconteceu no processo original, também agora existem prioridades na vacinação de reforço contra a covid-19, explicando que a primeira são os idosos acima dos 80 anos. Já a segunda inclui as pessoas até aos 65 anos, sendo um processo progressivo, dos mais velhos para os mais novos. Esta segunda fase incluirá também pessoas recuperadas, à medida que ficam elegíveis para vacinação uma vez que têm que esperar seis meses entre as tomas da segunda e da terceira doses. 

Por essa razão, este fim-de-semana a modalidade “casa aberta” vai estar aberta para os maiores de 80 anos, como forma de acelerar o processo de vacinação. “Estes são os mais vulneráveis, estes são os que mais adoecem e quando adoecem são os que têm doença mais grave. Portanto, proteger é vacinar e vacinar é proteger”, frisou a directora-geral da Saúde. 

Quanto à vacinação de reforço a grupos de pessoas mais novas, Graça Freitas afastou essa possibilidade para já. “Nesta fase temos que nos concentrar na nossa prioridade para agora”, ou seja, vacinar os maiores de 65 anos contra as duas doenças. A directora-geral da Saúde lembrou também que existe uma Comissão Técnica de Vacinação a acompanhar “a situação epidemiológica, como a evolução científica, como as indicações das vacinas”, que dá pareceres a partir dos quais se definem os patamares de prioridades. 

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