Custo do trabalho sobe 3,8% por causa do recuo do layoff

Com a retirada das medidas de apoio às empresas, o custo do trabalho cresceu no terceiro trimestre de 2021.

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Adriano Miranda

O índice de custo do trabalho aumentou 3,8% no terceiro trimestre do ano, depois de ter diminuído 2,7% nos três meses anteriores, o que se ficou a dever à diminuição progressiva das empresas abrangidas pelo layoff simplificado.

Os dados foram publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e concluem que este índice, ajustado de dias úteis, “aumentou 3,8% no terceiro trimestre de 2021”, sendo que, “no trimestre anterior, tinha diminuído 2,7%”.

Também os custos salariais por hora efectivamente trabalhada aumentaram 3,4% e os outros custos, também por hora efectivamente trabalhada, aumentaram 5,3%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o INE, o “acréscimo nas contribuições patronais decorrente da diminuição progressiva de empresas abrangidas pelo regime de layoff simplificado no sector privado da economia e da diminuição das horas trabalhadas por trabalhador na Administração Pública” contribuíram para o aumento dos outros custos.

Para a evolução do índice contribuiu ainda o acréscimo de 3% no custo médio por trabalhador e a diminuição de 0,7% no número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador.

O aumento de 3% no custo médio por trabalhador foi, segundo o INE, “transversal a todas as actividades económicas e muito menor do que os acréscimos observados no trimestre anterior”, mas a menor variação foi observada no sector público (1,1%).

Já a diminuição do número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador foi observada na maioria das actividades, com excepção do sector dos serviços, “tendo-se verificado um decréscimo muito acentuado na Administração Pública (4,1%)”, referiu o INE.