Vendas da Sonae crescem 4,7% até Setembro e superam cinco mil milhões de euros

Investimento em aquisições e expansão orgânica ascendeu a 355 milhões. Negócios online cresceram 29%.

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Continente Labs Store, a primeira loja sem caixas em Portugal Daniel Rocha

O volume de negócios consolidado da Sonae cresceu 4,7%, para 5014 milhões de euros, até Setembro, demonstrando a “resiliência e solidez” do portfólio do grupo, “apesar do contexto desafiante causado pela pandemia”, refere a empresa em comunicado divulgado esta quarta-feira. Os principais contributos para o crescimento das vendas continuaram a vir dos negócios agregados pela MC (retalho alimentar) e da Worten (retalho especializado).

Entre os indicadores que evoluíram favoravelmente, a Sonae (proprietária do PÚBLICO), destaca o crescimento de 29% das vendas online, “demonstrando sucesso na execução do trajecto digital” da empresa. Contudo, o montante de vendas neste canal não foi divulgado.

Nos primeiros nove meses do ano, o EBITDA subjacente aumentou 5,6%, para 415 milhões de euros, e o resultado líquido consolidado atribuível a accionistas situou-se em 158 milhões de euros, o que compara com prejuízos de quatro milhões de euros em igual período de 2020, “essencialmente devido a impactos da pandemia, nomeadamente a constituição de provisões”.

O investimento realizado ascendeu a 355 milhões de euros “em aquisições e expansão orgânica”, num período que volta a ficar marcado por várias alienações, especialmente a de 24,99% do capital da Sonae MC e a restante participação na MaxMat; mas também por aquisições, como a britânica Gosh, reforçado a nova aposta do grupo na alimentação natural de base vegetal.

A gestão de portfólio também teve reflexos na dívida líquida, que caiu 375 milhões de euros, “situando-se agora significativamente abaixo de mil milhões de euros”, o que lhe garante, como refere o comunicado, “uma estrutura de capitais sólida e condições de financiamento confortáveis com um baixo custo de dívida, permitindo ao grupo enfrentar os desafios futuros e explorar oportunidades emergentes”.

Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, citada no comunicado, destaca que “a Sonae MC reforçou mais uma vez a sua posição de liderança”, e “a Worten continua a liderar o mercado de e-commerce em Portugal alavancando uma abordagem omnicanal verdadeiramente distintiva”.

Nestes negócios, a Sonae MC atingiu um volume de negócios de 3.883 milhões de euros, mais 5,3% em termos homólogos e 2,3% numa base comparável, e o EBITDA subjacente melhorou 6,1% em termos homólogos para 384 milhões de euros, com uma margem de 9,9%.

Na Worten, o volume de negócios aumentou 3,6% em termos homólogos, atingindo 803 milhões de euros, e um EBITDA subjacente de 51 milhões de euros e uma margem de 6,4%, crescendo 1,2 pontos percentuais face ao período homólogo.

Na Sonae Sierra, o desempenho dos centros comerciais “melhorou significativamente à medida que as restrições à actividade foram sendo atenuadas, em alguns casos atingindo já níveis de desempenho superiores a 2019, e o negócio de serviços deu sinais importantes de retorno a uma actividade mais normalizada”, destaca a gestora. O volume de negócios desta empresa ascendeu a 107 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 4,2% numa base contabilística proporcional. O resultado líquido ascendeu a 6,2 milhões de euros.

Nota positiva ainda para as lojas da Sonae Fashion e da ISRG, que “estão também a regressar aos níveis pré-pandemia, mas com um desempenho online mais forte, que continua a atingir níveis recorde”.

 Na Sonae Fashion, apesar do encerramento das lojas devido à pandemia durante parte do ano, o volume de negócios total atingiu os 230 milhões de euros, representando uma ligeira redução de 0,6% em termos homólogos, com um crescimento do EBITDA subjacente, de 10 milhões de euros, seis vezes superior ao registado em igual período de 2020.

A Sonae FS, e segundo a apresentação da CEO, “prosseguiu com a implementação do seu novo modelo de negócio e a actividade de M&A [fusões e aquisições] da Sonae IM continuou a gerar valor para o grupo”.

Por último, “a NOS atingiu, no segmento de telecomunicações, o maior crescimento líquido de assinantes dos últimos cinco anos, enquanto o segmento de media e entretenimento deu sinais encorajadores de recuperação”.

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