Maria Amélia Martins Loução vence Grande Prémio Ciência Viva 2021

Os restantes prémios da Ciência Viva foram para a cooperativa Ocean Alive, a série da SIC “Admirável Mundo Novo” e a campanha publicitária sobre fumagem tradicional da marca Izidoro e da agência O Escritório.

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Maria Amélia Martins Loução DR

A bióloga Maria Amélia Martins Loução é a vencedora do Grande Prémio Ciência Viva 2021, divulgou esta segunda-feira a agência Ciência Viva. Os restantes prémios da Ciência Viva foram para a cooperativa de educação e protecção marinha Ocean Alive, a série da SIC “Admirável Mundo Novo” e a campanha publicitária sobre fumagem tradicional da marca Izidoro e da agência O Escritório.

A cerimónia de entrega destas distinções acontecerá a 24 de Novembro (Dia Nacional da Cultura Científica), às 16h, no Auditório José Mariano Gago no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A cerimónia será transmitida online também através da página da Ciência Viva.

Este ano, o Grande Prémio Ciência Viva foi para Maria Amélia Martins Loução “pela sua acção notável na promoção da cultura científica enquanto professora, bióloga e divulgadora na área da ecologia”, refere em comunicado a Ciência Viva. Maria Amélia Martins Loução é presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia e no comunicado frisa-se que se tem “destacado pela sua participação pública através da escrita de artigos de opinião sobre as ameaças à biodiversidade”, nomeadamente no PÚBLICO.

Já foi vice-reitora da Universidade de Lisboa, directora do Jardim Botânico de Lisboa, presidente da direcção do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa e presidente do Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências, também da Universidade de Lisboa.

Já o Prémio Ciência Viva Educação distingue a cooperativa de educação e protecção marinha Ocean Alive, que foi co-criada em 2015 pela bióloga marinha Raquel Gaspar. A Ocean Alive tem-se focado na preservação das pradarias marinhas que capturam carbono e servem de berçário para as presas dos golfinhos. Um dos seus trabalhos tem sido o programa “Guardiãs do Mar”, em que mulheres pescadoras do estuário do Sado têm feito campanhas de sensibilização, o que as torna educadoras e ajudantes de cientistas que trabalham na conservação das pradarias marinhas.

Quanto ao Prémio Ciência Viva Media, foi para a série da SIC “Admirável Mundo Novo”. O grande objectivo da série tem sido descodificar e tornar mais acessível a um público generalista o conhecimento conseguido em diferentes áreas da ciência. Ao longo de vários episódios já participaram na série cientistas como Maria do Carmo Fonseca, Vítor Cardoso, Henrique Veiga Fernandes, Zita Martins, Nuno Maulide, Bruno Silva Santos, Mónica Bettencourt-Dias, Carlos Fiolhais, Rui L. Reis, Joana Gonçalves de Sá ou Arlindo Oliveira. A equipa da série é composta por Miriam Alves (jornalista), Rogério Esteves e Paulo Cepa (repórteres de imagem), Tiago Martins (editor de imagem) e Sérgio Maduro (grafismo).

A nova categoria deste ano – o Prémio Ciência Viva Publicidade – distinguiu a campanha publicitária sobre a fumagem tradicional dos produtos da charcutaria Izidoro, assinada pela agência criativa O Escritório. “Uma campanha que num registo bem-humorado faz uso da bioquímica para explicar aos consumidores uma particularidade distintiva dos fiambres fatiados forno a lenha Izidoro”, lê-se no comunicado da Ciência Viva, que indica que a descrição feita na campanha traz ao público processos científicos e vocabulário que ajudam a familiarizar as pessoas com a ciência.

Estes prémios são atribuídos todos os anos pela Ciência Viva a “personalidades e instituições que se destacaram pelo seu mérito excepcional na promoção da cultura científica em Portugal”, refere-se ainda na nota. As personalidades distinguidas são seleccionadas pelos representantes das instituições científicas que fazem parte da agência Ciência Viva.

Já foram distinguidos com o Grande Prémio o geólogo Galopim de Carvalho, o botânico Jorge Paiva, os físicos Manuel Paiva e Carlos Fiolhais, o patologista Manuel Sobrinho Simões, a astrónoma Teresa Lago, o astrofísico Rui Agostinho e o investigador e deputado Alexandre Quintanilha. O Prémio Ciência Viva nos Media também já foi atribuído aos criadores da secção de Desafios do PÚBLICO – a ilustradora Cristina Sampaio e os matemáticos José Paulo Viana e Eduardo Veloso – em 2013. E, em 2017, a jornalista do PÚBLICO Teresa Firmino foi distinguida juntamente com Filomena Naves, então no Diário de Notícias, com o mesmo prémio.

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