Greve no Metro de Lisboa na quinta-feira pode provocar perturbações já na noite desta quarta

Serviço deverá ser encerrado às 23h desta quarta-feira e só deverá ser retomado na manhã de sexta-feira.

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Trabalhadores do Metro de Lisboa protestam contra o congelamento salarial Miguel Manso

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (ML) cumprem na quinta-feira uma greve de 24 horas para contestar o congelamento salarial e para reivindicar progressões na carreira, prevendo-se constrangimentos no serviço já a partir das 23h desta quarta-feira.

Esta paralisação vai ocorrer dois dias depois da realização de uma nova paralisação parcial, que decorreu entre as 5h e as 9h30 de terça-feira, tendo nesse dia o serviço começado por volta das 10h.

Numa nota publicada na sua página da internet, o ML indica que para quinta-feira “está agendada uma greve de 24 horas para a generalidade dos trabalhadores, pelo que se prevê que o serviço de transporte encerre a partir das 23h” de hoje e “reabra às 6h30 de sexta-feira”.

“Caso sejam decretados os serviços mínimos com circulação de comboios, a empresa avaliará se terá condições operacionais para reabrir o serviço entre as 00h e as 1h01 de dia 5 de Novembro (sexta-feira)”, ressalva o ML, prevendo que “o serviço de transporte seja afectado nos períodos determinados por estas greves”.

Na origem das paralisações está o protesto contra o congelamento salarial e a luta pela aplicação de todos os compromissos assumidos pelo Ministério do Ambiente e da Acção Climática, em que se inclui a prorrogação do Acordo de Empresa, pelo preenchimento imediato do quadro operacional e pelas progressões na carreira.

Os trabalhadores do Metro cumpriram em 26 e 28 de Outubro duas greves parciais que, segundo a FECTRANS, tiveram uma adesão elevada. Segundo a transportadora, no dia 26 a paralisação teve uma adesão de 42,62% e no dia 28 de 45,37%.

Na semana passada, a transportadora referiu em comunicado que se encontra “receptiva à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objecto de negociação”.

Os trabalhadores realizaram greves parciais ao serviço em Maio e Junho, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.

O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 6h30 à 1h, todos os dias.