Dead Combo cancelam últimos concertos de despedida
Problemas de saúde do contrabaixista Pedro Gonçalves motivam cancelamento das 15 actuações deste ano.
Os portugueses Dead Combo cancelaram os 15 concertos previstos para Novembro e Dezembro, que encerrariam a digressão de despedida dos palcos, revelou esta terça-feira o agente do grupo à agência Lusa.
A decisão de cancelamento foi divulgada em comunicado nas redes sociais, por problemas de saúde do contrabaixista Pedro Gonçalves.
À Lusa, José Morais, da Produtores Associados, explicou que os Dead Combo tinham 15 concertos marcados em Novembro e Dezembro, todos cancelados.
Esta terça-feira actuariam na Casa da Criatividade, em São João da Madeira, na sexta-feira em Albufeira e no sábado em Alcochete. Ainda em Novembro, os Dead Combo teriam dois concertos em Vila do Conde, um na Marinha Grande e outros dois em Alcobaça.
Em Dezembro estava prevista passagem pelo Porto, Montemor-o-Novo, Marco Canaveses e duas datas em Setúbal. A digressão terminaria nos dias 20 e 21 de Dezembro no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.
O guitarrista Tó Trips e o contrabaixista Pedro Gonçalves anunciaram a 1 de Outubro de 2019 que os Dead Combo iriam acabar, não sem antes fazerem “um passeio pela [sua] história”, numa digressão pelo país que se estenderia por 2020. “Decidimos acabar, mas acabar em grande. Não é um final triste, há muita coisa para ser celebrada. De uma forma concreta, acabamos como começámos: os dois. Voltamos aos palcos com uma tour, num passeio pela nossa história”, afirmavam em 2019.
Muitos dos concertos de despedida foram afectados pela pandemia da covid-19 e remarcados para outras datas, nomeadamente as que se realizariam agora em Novembro e Dezembro.
Os Dead Combo surgiram em 2003, com Pedro Gonçalves e Tó Trips a criarem composições instrumentais marcadas pelo rock, pelos blues, pela tradição da música portuguesa e com influências que se estendem a África e à América Latina. Os dois músicos referem-se ao projecto como “uma descoberta, uma grande amizade, um diálogo musical”.
No virar do século, Pedro Gonçalves e Tó Trips estavam em paralelos distintos da música independente, um no jazz e outro no rock. Cruzaram-se no final de um concerto do músico Howe Gelb, em Lisboa, e pouco depois estavam a ensaiar.
Em 2003 gravaram uma música, Paredes Ambience, para uma compilação dedicada a Carlos Paredes e perceberam que tinham afinidades. O disco de estreia, Dead Combo — Quando a alma não é pequena, surgiria em 2006, seguindo-se outros registos como Lusitânia Playboys, Lisboa Mulata, Dead Combo e as cordas da má fama e Odeon Hotel.