Partido ou partida, as duas palavras que moldam a ambição dos são-tomenses

Aqueles que não apontam ao aeroporto, sabem que a vida precisa de um cartão de militante para ficar mais fácil, neste país insular mais pequeno que o concelho de Santiago do Cacém. Como diz a poeta Conceição Lima, “a micro-nação multicultural” que é São Tomé e Príncipe sofre da “contínua incapacidade de forjar uma visão” que seja capaz de criar uma identidade. O que leva o chef e dinamizador cultural João Carlos Silva a lançar a pergunta: “50 anos depois somos capazes de continuar a ser um país independente?”

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Daniel Rocha

Na altura em que São Tomé e Príncipe se tornou independente, o país tinha quatro licenciados. Quase meio século depois, a história e a identidade destas duas ilhas no Golfo da Guiné são umas poucas páginas num manual escolar e as línguas das ilhas não são ensinadas nas escolas.

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