Posso reciclar a caixa de pizza? E a embalagem do take-away?
Perguntamos a quem sabe, para a série “Quem sabe responde”. Desta vez, e tendo como mote a COP26, questionamos especialistas acerca de mitos, conceitos ou ideias relacionados com o clima e o ambiente. Quisemos saber o que se pode ou não reciclar. E é Teresa Cortes, da Sociedade Ponto Verde, quem responde.
Quantas vezes ficaste com um objecto na mão a olhar para o caixote de lixo indiferenciado e para o da reciclagem? Separar o lixo nem sempre é fácil, e há sempre um ou dois resíduos que nos deixam na dúvida — como é o caso da caixa de pizza. Afinal, podemos ou não reciclá-la? Teresa Cortes, coordenadora de marketing e comunicação da Sociedade Ponto Verde, sabe. E responde.
Posso reciclar a caixa de pizza?
Sim, mas só “se ela não tiver excesso de gordura”. É que, ao contrário do plástico, “o papel e cartão com gordura e sujidade não pode ser reciclado”, refere Teresa Cortes. Por isso, se a caixa tiver apenas “um pinguinho de gordura”, pode seguir para o ecoponto azul; se estiver muito engordurada, terá de ir para o lixo indiferenciado.
E a embalagem do take-away?
Sim. “As embalagens de plástico, metal ou vidro, como uma garrafa de azeite, um tabuleiro de alumínio do take-away ou uma garrafa de óleo alimentar podem ser colocadas no ecoponto amarelo”, uma vez que no processo de reciclagem é possível “lavá-las”.
O que não posso reciclar?
A película aderente, por exemplo — ainda que o papel de alumínio possa ser reciclado. “No ecoponto verde só se devem colocar garrafas, frascos, boiões…”, explica Teresa. Não podem ser colocados pratos ou copos partidos, espelhos, ou cerâmicas no geral, uma vez que elas têm “temperaturas de fusão completamente diferentes da do vidro e podem prejudicar” o processo de reciclagem.
Na dúvida, deito os resíduos no ecoponto ou no lixo indiferenciado?
Se se tratar de uma embalagem, devemos colocar no ecoponto que consideramos mais adequado. Mas, ressalva Teresa, “há várias plataformas onde podem ser tiradas as dúvidas”: na Sociedade Ponto Verde, por exemplo, via telefone, e-mail e, desde esta semana, através de uma linha de WhatsApp para onde podem ser enviadas dúvidas. Há também apps, como a WasteApp, que nos ajudam a separar o lixo. E, claro, também pode ajudar procurar “iconografia na própria embalagem, que nos indica o que devemos fazer com ela”.