Pentágono: Daesh do Afeganistão pode ter capacidade para atacar os EUA dentro de seis meses

Subsecretário de Defesa norte-americano diz ao Senado que o grupo terrorista é uma ameaça e espera que os taliban invistam esforços em combatê-lo. Al-Qaeda também preocupa.

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ALEXANDER DRAGO/Reuters

A facção afegã do grupo terrorista Daesh, conhecida por ISIS-K, poderá ter capacidade para atacar os Estados Unidos entre “seis a 12 meses”, revelou esta terça-feira Colin Kahl, subsecretário no Departamento de Defesa norte-americano, citando as “avaliações mais recentes” dos serviços de Informação.

Em declarações à Comissão das Forças Armadas do Senado, Kahl sublinhou que, apesar da retirada total de todas as tropas norte-americanas e da NATO do Afeganistão, o ISIS-K e os seus “poucos milhares de combatentes” representam um risco grave à segurança nacional dos EUA.

Esta possibilidade também ganha força tendo em conta as incógnitas sobre a verdadeira capacidade dos taliban – que reconquistaram o país depois da retirada militar estrangeira – para combaterem o Daesh afegão.

“Segundo a nossa avaliação, os taliban e o ISIS-K são inimigos mortais. Por isso, os taliban estão altamente motivados para irem atrás do ISIS-K. A capacidade que têm para o fazer está, no entanto, por determinar”, afirmou Kahl, citado pela Reuters.

Desde que os taliban tomaram o poder que o Daesh afegão tem levado a cabo vários ataques terroristas no país, a maioria contra alvos e símbolos da minoria xiita do Afeganistão.

O mais grave e mediático ataque do ISIS-K teve lugar no aeroporto de Cabul, na fase final da retirada norte-americana. Mais de 180 pessoas morreram, incluindo 13 soldados dos EUA.

Na sua intervenção na comissão do Senado, Colin Kahl disse ainda que a Al-Qaeda pode conseguir reerguer-se e atacar alvos no estrangeiro, incluindo nos EUA, dentro de “um a dois anos”.

Na sequência dos ataques terroristas em Nova Iorque e em Washington D.C., no dia 11 de Setembro de 2001, os EUA decidiram invadir o Afeganistão, precisamente para aniquilar Osama bin Laden e a cúpula da Al-Qaeda.

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