Espiões e Guerra Fria no Ribatejo: Glória, a série portuguesa que convenceu a Netflix
No Ribatejo, houve “uma cidade americana no fim do mundo” onde CIA, PIDE, KGB, campinos, Beatles e Cheetos escreveram uma página pouco conhecida da história da Guerra Fria — e o primeiro capítulo da ficção original portuguesa na Netflix. Glória é a primeira série nacional para o gigante do streaming e é uma porta aberta para o futuro.
Chegar aqui é sinónimo de Glória. É esse o sentimento que exala da equipa que fez a primeira série original portuguesa para a Netflix, esse marco no tempo do audiovisual português e essa lança no streaming que é ter o potencial de chegar a mais de 190 países, mais de 213 milhões de casas em todo o mundo. São números, senhores, são números, mas que traduzem bem a importância de Glória e também o que ela é a escassas duas semanas de estreia: puro potencial. O autor Pedro Lopes fala de “elevar a fasquia”, o realizador Tiago Guedes descreve uma equipa com “enorme sentido de responsabilidade” para estar “à altura do desafio e da exigência”. É Miguel Nunes, com o papel mais importante da sua carreira, que resume: Glória é “um projecto único”. A Glória que lhe dá nome, a Glória do Ribatejo, também é única. Foi uma espécie de cidadezinha americana enxertada no Ribatejo da ditadura, uma história de espionagem e Guerra Fria à portuguesa que convenceu a Netflix.
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