China, o maior emissor do mundo, vai aumentar produção de carvão em 6%

A China é o maior produtor mundial de carvão e o país que mais emite gases poluentes.

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Periferia de Jixi, China Reuters/JASON LEE

A China vai aumentar a produção de carvão em quase 6%, para lidar com a escassez de energia, já depois de o país ter atingido recentemente o recorde diário de produção, disseram as autoridades esta terça-feira.

Em comunicado, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o órgão máximo de planificação económica do país, disse que 153 minas foram autorizadas, desde o mês passado, a aumentar a sua capacidade de produção em 220 milhões de toneladas por ano.

Trata-se de um aumento de 5,7%, face à produção total da China no ano passado (3,84 mil milhões de toneladas). A China é o maior produtor mundial de carvão e o país que mais emite gases poluentes.

As medidas foram tomadas visando “garantir o abastecimento de carvão, durante o Inverno e na próxima Primavera”, explicou a agência de planeamento.

Só no trimestre actual, a produção das minas deve aumentar em 50 milhões de toneladas, apontou a mesma fonte.

O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que o seu país vai começar a reduzir as emissões poluentes antes de 2030. A CNDR apontou que a produção diária de carvão atingiu “recentemente” um recorde de 11,5 milhões de toneladas.

O carvão, fonte de energia particularmente poluente, fornece cerca de 60% da produção de electricidade chinesa.

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Xangai, China ALY SONG/REUTERS

Nas últimas semanas, o país asiático enfrentou cortes de energia, que interromperam a produção industrial em várias regiões.

Entre as razões apontadas para esses cortes estão a recuperação económica global, que pressiona as fábricas a aumentar a produção, os limites da produção de carvão impostos pelos objectivos para o clima e a existência de um preço regulado da electricidade.

O Governo chinês anunciou recentemente uma desregulação parcial dos preços da electricidade vendida aos fabricantes.

Xi também prometeu em meados de Setembro que o seu país não vai construir novas centrais a carvão no exterior.