Rosário Farmhouse, da lista de Medina, vai liderar Assembleia Municipal de Lisboa

Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens diz querer promover “reflexão sobre temas estruturantes para a cidade” e abrir a assembleia às crianças.

Foto
Rosário Farmhouse encabeçava a lista de Fernando Medina à assembleia JOÃO RELVAS

A nova presidente da Assembleia Municipal de Lisboa é Rosário Farmhouse, cabeça-de-lista da coligação Mais Lisboa (PS/Livre) a este órgão, cuja primeira reunião decorreu imediatamente a seguir à tomada de posse do novo executivo liderado por Carlos Moedas.

Apesar de a candidatura encabeçada pelo novo autarca ter obtido mais votos para a assembleia, o número de deputados eleito foi o mesmo para ambas as coligações (17). Os socialistas, porém, elegeram mais presidentes de junta (13) do que os sociais-democratas e centristas (10), pelo que ganharam uma ligeira vantagem na casa por onde passam todas as decisões importantes do executivo camarário.

Numa assembleia com 75 membros, Rosário Farmhouse obteve 64 votos a favor, oito contra e duas abstenções. Ana Mateus, do PSD, e Fernando Correia, da CDU, foram eleitos secretários da mesa. 

Num breve discurso, a nova presidente agradeceu “a honra e o privilégio” de assumir o cargo com uma equipa “fantástica” e prometeu que a assembleia promoverá “o diálogo e a reflexão sobre temas estruturantes para a cidade”. “Será uma casa com lugar e tempo para todas e todos, derrubando muros e lançando pontes, à procura de soluções para os problemas das pessoas, no exercício pleno de uma democracia madura e plural, que reúne os representantes dos partidos e movimentos de cidadãos escolhidos pelo povo”, afirmou Rosário Farmhouse, que é também presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens.

“Será uma casa da participação holística cidadã, inclusivamente das crianças, dando-lhes voz em todas as matérias que lhes dizem respeito. Espero poder acolher a Assembleia das Crianças de Lisboa, assim lhes dizendo que a democracia e a cidade contam com elas para construir o futuro”, avançou a Rosário Farmhouse.

A autarca disse querer fazer de Lisboa “uma mulher de esperança no futuro, tolerante e cuidadora”, que seja “empenhada no trabalho digno e seguro, remunerado com equidade e justiça”, interessada em ciência, cultura e desporto, “uma mulher de amor, de todos os amores, sem discriminação ou julgamento, uma mulher livre, independente, em paz”.

“Assumirei a presidência da Assembleia Municipal de Lisboa com espírito de missão, quero servir a cidade e fazer o bem, bem feito. Podem contra com o meu empenho, dedicação, honestidade e paixão. Quando ainda há tanto por fazer para garantir a representação equitativa da pluralidade que somos feitos, procurarei dar voz aos que não têm voz, criando condições de proximidade e auscultação a todas pessoas, independentemente da sua origem étnico ou cultura, religião, género, classe ou idade”, declarou a presidente deste órgão.

Rosário Farmhouse substitui o presidente cessante, José Maximiano Leitão, que substituiu Helena Roseta a meio do mandato passado.

Além das duas coligações que obtiveram as maiores votações, compõem ainda a assembleia seis deputados da CDU, quatro do BE, três da IL, três do Chega e um do PAN.