OMS cria uma definição para o problema do pós-covid-19
Os sintomas mais comuns incluem a fadiga, a falta de ar, a disfunção cognitiva, mas também outros sintomas e que geralmente têm impacto no desempenho das funções no dia-a-dia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou esta quarta-feira uma definição para o problema do pós-covid-19. Esta definição pode ser usada agora para se melhorar o reconhecimento e cuidado de pessoas que tenham este problema.
De acordo com a OMS, o pós-covid-19 acontece em indivíduos com um histórico de infecção confirmada ou provável de SARS-CoV-2, normalmente três meses desde o início dos sintomas da covid-19, que já dure há, pelo menos, dois meses e que não possa ser explicada por um diagnóstico alternativo.
Os sintomas mais comuns incluem a fadiga, a falta de ar, a disfunção cognitiva, mas também outros sintomas e que geralmente têm impacto no desempenho das funções no dia-a-dia. Os sintomas podem ser novos após a recuperação da covid-19 ou persistir desde a doença inicial. Esses sintomas podem variar ou voltar ao longo do tempo.
No documento divulgado na quarta-feira nota-se que se deve aplicar uma definição diferente às crianças. Também se assinala que não há um número mínimo de sintomas para o diagnóstico.
“Apresentamos uma definição de um caso clínico para o problema do pós-covid-19 para ser aplicado na comunidade e nos serviços de cuidados de saúde para se melhorar o reconhecimento e o cuidado de pessoas que tenha o problema do pós-covid-19”, lê-se no documento. Acrescenta-se que esta definição foi obtida através de uma metodologia robusta (o método Delphi) e que envolveu um grupo representativo de doentes, investigadores e cuidadores.
No documento, refere-se que a definição agora apresentada é compatível e consistente com sugestões anteriores, mas que é provável que possa mudar à medida que novas provas surgem e o nosso conhecimento da covid-19 continue a aumentar.