Chanceler austríaco investigado em novo caso por suspeitas de corrupção

Gabinete de Sebastian Kurz e a sede do seu partido foram alvo de buscas.

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O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, é investigado em dois casos, um por suspeita de prestar falsas declarações e outra de auxílio e cumplicidade num acto de corrupção LEONHARD FOEGER/Reuters

O gabinete do chanceler austríaco, Sebastian Kurz, e a sede do seu partido conservador foram esta quarta-feira alvo de buscas de uma unidade de investigação anti-corrupção, segundo o diário austríaco Die Presse. Esta investigação junta-se a uma outra, sobre uma suspeita de ter prestado falsas declarações no âmbito de outro caso.

O chanceler e outras nove pessoas estão a ser investigados neste caso por suspeita de quebra de confiança, corrupção e suborno (no caso do chanceler, de auxílio e cumplicidade), ainda segundo o jornal austríaco. A suspeita neste caso é que fundos do Estado para publicidade institucional possam ter sido usados para influenciar um jornal a publicar uma sondagem favorável ao chanceler.

Kurz é já suspeito de perjúrio por declarações prestadas a uma comissão parlamentar que investigava o chamado “vídeo de Ibiza”, que envolveu o seu vice-chanceler e parceiro de coligação (do partido de extrema-direita FPÖ) e fez cair o governo em 2019.

O “vídeo de Ibiza” deixou abertos potenciais ângulos de investigação, incluindo em relação ao modo como são feitas nomeações para empresas públicas. A oposição acusa Kurz de não ter cooperado com a comissão parlamentar que levava a cabo um inquérito – onde é legalmente obrigado a dizer a verdade.

O partido conservador diz que o Ministério Público e os juízes estão a tentar prejudicar o chanceler. “Há mais falsificações de alegações sobre acontecimentos, alguns dos quais foram há mais de cinco anos. Isto continua a acontecer com o mesmo objectivo e método: prejudicar gravemente o partido e Sebastian Kurz”, declarou a vice-presidente do partido Gaby Schwarz, acrescentando que já tinha sido feito uma busca semelhante em 2013 e não tinha sido encontrado “nada de incriminatório”.