Negociação das acções da Evergrande na bolsa de Hong Kong foi suspensa
Mercado aguarda uma comunicação da imobiliária chinesa sobre o seu futuro. Acções do gigante chinês caíram cerca de 80% desde o início do ano e grupo permanece à beira do colapso.
A negociação das acções do gigante imobiliário da China Evergrande foi suspensa esta segunda-feira na bolsa de Hong Kong, aguardando-se uma comunicação do grupo chinês sobre o seu futuro. Em comunicado, citado pela BBC, a empresa dá conta de que será divulgado "um anúncio contendo informações privilegiadas sobre uma grande transacção”.
A Evergrande já começou a alienar alguns bens. E esta segunda-feira, a Imprensa chinesa avançou a possibilidade de o grupo imobiliário vender 51% do seu negócio de administração de propriedades por mais de cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,4 mil milhões de euros).
Na semana passada, o grupo já tinha anunciado que iria vender uma participação de 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) num banco regional para angariar o capital necessário para fazer face a compromissos financeiros.
E esta segunda-feira, a Imprensa chinesa avançou a possibilidade de o grupo imobiliário vender 51% do seu negócio de administração de propriedades por mais de cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,3 mil milhões de euros).
A 24 de Setembro, a gigante imobiliária chinesa Evergrande falhou o prazo previsto para o pagamento de juros de um dos seus títulos de dívida, acentuando o clima de tensão que se vive actualmente nos mercados financeiros.
Com a interrupção da negociação das acções do Grupo Evergrande foi igualmente suspensa a transacção dos produtos estruturados relacionados com a empresa.
O colosso chinês permanece à beira do colapso e a sua potencial falência pode abalar o sector imobiliário chinês e mesmo a economia nacional e global.
Confrontado com o risco de agitação social se a Evergrande falhar, o governo chinês ainda não indicou se irá intervir para ajudar ou reestruturar o gigante imobiliário.
As autoridades pediram aos governos locais para se prepararem para o potencial colapso de Evergrande, sugerindo que é improvável um grande salvamento estatal.
O grupo admitiu que enfrenta “desafios sem precedentes” e advertiu que poderá não ser capaz de cumprir os seus compromissos.