Um total de 19 caças chineses entraram sábado à noite na Zona de Identificação da Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, de acordo com uma declaração emitida este domingo pelo Ministério da Defesa da ilha.

Segundo o ministério, os aviões entraram na ADIZ a partir do sudoeste e, depois de terem sido avisados por Taiwan para darem seguimento e se retirarem, deram meia volta e abandonaram a ADIZ.

No sábado, o Ministério da Defesa da ilha disse numa declaração que um total de 38 caças e bombardeiros chineses tinham entrado na ADIZ de Taiwan no dia 1 de Outubro, sexta-feira, o dia em que Pequim celebrou o aniversário da proclamação da República Popular da China.

Entre os 38 aviões encontrava-se um H-6, capaz de transportar bombas nucleares.

Hu Xijin, editor do Global Times, escreveu no Twitter: “Estes aviões que aparecem no Estreito de Taiwan são uma nova celebração do povo chinês para comemorar as festas. Se as autoridades de Taiwan continuarem as suas provocações, haverá mais aviões no Dia Nacional do próximo ano”.

O número de aviões militares chineses a entrar na ADIZ de Taiwan aumentou nos últimos meses, de acordo com as autoridades da ilha.

A 24 de Setembro, Taiwan alegou que 24 caças chineses realizaram incursões semelhantes às de sábado pouco depois de Taiwan se ter candidatado a aderir ao Acordo Global e Progressivo para a Parceria Trans-Pacífico (CPTPP), ao qual Pequim “categoricamente” se opõe.

Taiwan — formalmente República da China — nasceu em 1949 da derrota na guerra civil contra os comunistas de Mao Tsétung, fundador da gigante República Popular da China. 

A China considera Taiwan a sua 23ª província e mantém a ameaça de ataque militar caso Taiwan declare a independência.