Os taliban mataram o pai de Zarifa Ghafari e agora ela quer negociar com eles
“O dia em que a minha família me queria fazer uma surpresa com um vestido de noiva lindo foi o dia em que fui surpreendia pela morte do meu pai”, diz a afegã, activista e ex-autarca.
Zarifa Ghafari nasceu em 1992. No Afeganistão, isso significa ter nascido praticamente no meio de uma guerra civil, ter quatro anos quando os taliban tomaram pela primeira vez Cabul e nove quando as primeiras bombas norte-americanas caíram. Guarda “imagens a preto e branco” e memórias de “muito silêncio”, interrompido por sons quotidianos, como “o homem que trazia água num grande tanque e a vendia de casa em casa”. “Lembro-me de ir ao mercado e de ver estes taliban por todo o lado com as suas grandes armas e roupas não muito limpas”, descreve. “São imagens a preto e branco”, repete.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.