Lewis Hamilton obtém 100.ª vitória e recupera liderança do Mundial
Vindo da cauda do pelotão, Max Verstappen terminou num surpreendente e imprevisível segundo lugar, aproveitando o caos provocado pela chuva no final do GP da Rússia para minimizar as perdas.
Lewis Hamilton (Mercedes) alcançou, este domingo, no Grande Prémio da Rússia, 15.ª prova do Mundial de Fórmula 1, a 100.ª vitória da carreira, numa corrida com final totalmente imprevisível, marcado pela queda intensa de chuva nas últimas três voltas e a recuperação fantástica de Max Verstappen (Red Bull).
Hamilton recuperou, conforme esperado, a liderança do campeonato, embora com dois curtíssimos pontos de vantagem sobre Max Verstappen (Red Bull), o grande beneficiado pela descarga das nuvens: o neerlandês ganhou cinco lugares na ponta final para terminar num inesperado segundo posto, a 53,271 segundos do vencedor, isto depois de ter sido o último na grelha de partida.
O principal derrotado foi Lando Norris (McLaren), que na tentativa desesperada de segurar a liderança arriscou tudo, continuando de pneus duros e pagando um preço elevado, já que essa decisão o atirou para o sétimo lugar e lhe destruiu toda a corrida, perdida numa inglória batalha para se manter em pista.
Mas o primeiro líder do dia foi o espanhol Carlos Sainz (Ferrari), que no final garantiu um lugar no pódio. Sainz superou o pole sitter Lando Norris no arranque, fase em que Lewis Hamilton, quarto da grelha, dificilmente podia ter feito pior.
Hamilton perderia três posições logo na partida, bloqueado por Lando Norris, e com isso acabou num comboio liderado pelo Williams de George Russell, intocável nas rectas, seguido de Lance Stroll (Aston Martin), Fernando Alonso (Alpine) e Daniel Ricciardo (Mc Laren).
O Mercedes acabou atrasado e a perder tempo substancial para Max Verstappen, que sensivelmente a meio da corrida rodava em ar limpo, marcava os tempos mais rápidos e entrava claramente na luta directa com Hamilton, quando já só havia Sergio Pérez e Fernando Alonso entre o W12 e Verstappen, que seguia a menos de três segundos do britânico.
Com as paragens de Stroll, Russell, Sainz e, finalmente, Ricciardo, Hamilton pôde distanciar-se e fazer um pit stop que o reposicionou na corrida.
Vindo do último lugar, Max Verstappen entrou imediatamente atrás de Lewis nas boxes, mas no regresso à pista foi barrado pelo McLaren de Daniel Ricciardo, permitindo a fuga de Hamilton, que em quatro voltas galopou até quinto - o que lhe dava um segundo lugar virtual, já que Pérez, Leclerc e Alonso ainda não tinham parado.
Hamilton acabaria mesmo por entrar nas últimas dez voltas a cerca de um segundo de Lando Norris, com Verstappen em sétimo, o que dava a liderança confortável do Mundial a Hamilton. Algo que a chuva não permitiu
Valtteri Bottas, que penalizou pela segunda corrida consecutiva, de novo por trocar a unidade de potência, havia claudicado no confronto directo com Verstappen, afundando-se de seguida na segunda metade do pelotão... para terminar em quinto, atrás de Ricciardo, mas à frente de Alonso, Norris e Räikkönen.