A máquina do tempo de Abraham Cupeiro vai da corna galega ao karnyx
Entre as bibliotecas, um atelier de fabrico de instrumentos rodeado de bosques e os palcos, o músico e compositor galego ressuscita instrumentos milenares para voltar a fazê-los soar a um ritmo bem mais contemporâneo, por vezes futurista. O seu último disco, Pangea, faz dialogar uma corna galega de um pastor ou um karnyx celta com a Royal Philharmonic de Londres
Em 2004, um grupo de arqueólogos franceses desenterrava pela primeira vez um exemplar completo de um karnyx da Idade do Ferro, perto da cidade de Tintignac, na Bretanha francesa, sem suspeitar que estava a activar uma estranha engrenagem a mais de um milhar de quilómetros de distância. Poucos anos depois, um jovem músico recém-licenciado fazia soar a mítica trompeta celta, em Sarria, Lugo, no Norte da Galiza, ao terminar de fabricar uma das raras réplicas do instrumento no seu pequeno atelier ao longo de mais de 300 horas e a partir de uma simples gravura de uma moeda romana.
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