Líderes dos EUA, Austrália, Índia e Japão reforçam cooperação face à China
“Um Indo-Pacífico aberto, livre e inclusivo”, é a prioridade dos líderes dos países que integram o Quad, um fórum regional que estava esquecido e que foi agora revitalizado por Biden.
Existe desde 2007, mas estava esquecido: o Diálogo de Segurança Quadrilateral, ou Quad, um fórum que junta os Estados Unidos, a Índia, o Japão e a Austrália, foi criado para dar continuidade aos esforços de cooperação regional que se seguiram ao tsunami de 2004. Donald Trump chegou a tentar revitalizar este fórum, em 2017, mas só o pacto de segurança anunciado há uma semana entre os EUA, a Austrália e o Reino Unido, foi capaz de o revitalizar.
“Um Indo-Pacífico aberto, livre e inclusivo”, é a prioridade dos líderes dos países que integram o Quad, reunidos na primeira cimeira presencial deste fórum, na sexta-feira, na Casa Branca. A reunião foi mais um passo no esforço de Joe Biden para cimentar a liderança norte-americana na Ásia, face às políticas expansionistas da China.
“Nós, as democracias liberais, acreditamos numa ordem mundial que favorece a liberdade e acreditamos num Indo-Pacífico aberto, livre e inclusivo”, porque sabemos que é isso que permite termos uma região forte, estável e próspera”, é a frase completa, dita no início da cimeira pelo primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. A expressão “livre e aberto”, nota o jornal The Guardian, tornou-se um código para expressar a preocupação das grandes potências regionais sobre o aumento da presença económica, diplomática e militar chinesa –, incluindo em rotas marítimas internacionais vitais.
Os quatro dirigentes discutiram ainda os esforços de vacinação contra a covid-19, as alterações climáticas, as infra-estruturas regionais ou a segurança das cadeias de fornecimento dos vitais semicondutores.
Biden, repetindo a sua ideia de que numa era de autocracias poderosas, como a China e a Índia, as democracias precisam de provar a sua capacidade, disse aos restantes líderes do Quad que estão na linha de frente. “Somos quatro grandes democracias com uma longa história de cooperação. Sabemos como fazer e estamos à altura do desafio”, afirmou.