D. João Lavrador é o novo bispo de Viana do Castelo
Diocese de Viana do Castelo estava sem bispo desde Setembro do ano passado, depois de D. Anacleto Oliveira ter morrido na sequência de um despiste de automóvel.
O Papa nomeou esta terça-feira D. João Lavrador como novo bispo da diocese de Viana do Castelo, acabando assim com um vazio que se arrastava desde Setembro de 2020, altura em que o anterior bispo, D. Anacleto Oliveira morreu, na sequência de um despiste de automóvel.
Com 65 anos, D. João Lavrador transita da diocese de Angra, nos Açores, para onde fora nomeado em Junho de 2015, então como bispo de coadjutor de D. António Sousa Braga, e depois como seu sucessor. Numa mensagem divulgada através da agência Ecclesia, o novo titular diocesano de Viana do Castelo dirigiu-se aos mais de 230 mil habitantes da diocese propondo-se pugnar a sua acção pela luta por uma sociedade “mais justa e fraterna”.
“É com muito afecto que saúdo todos os excluídos, marginalizados, isolados e que sofrem qualquer tipo de pobreza e perturbação. Creiam-me muito junto de todos vós para convosco partilhar das vossas vidas e preocupações e ajudar-vos na vossa promoção e dignidade”, disse, mostrando-se “surpreso” com a nomeação e congratulando-se com o facto de ter sido escolhido para uma diocese “muito jovem mas com muitas capacidades e com uma estrutura social e religiosa muito sólida”.
“Não levo projectos. Quero ir nesta humildade de quem quer aprender e deixar-me conduzir por aqueles que já lá estão. É com todos que quero realmente caminhar”, acrescentou, em declarações à Rádio Renascença, explicando que a entrada na diocese de Viana ainda não tem data marcada. “Não sei quais são as conveniências da diocese e também tenho algumas responsabilidades na diocese de Angra”, contextualizou, dizendo esperar que a data seja anunciada em breve.
Estendendo-se ao longo de 2255 quilómetros quadrados, a diocese de Viana do Castelo, que coincide com o distrito, soma 291 paróquias.
Nascido em 1956, no concelho de Mira, em Coimbra, D. João Lavrador foi ordenado padre em 1981, tendo-se doutorado em Teologia Dogmática. Dedicou a sua tese de licenciatura a uma análise do que foi “O Laicado no Magistério dos Bispos Portugueses, a partir do Vaticano II”. E, já depois de ter acompanhado a irmã Lúcia, nos últimos anos da sua vida, enquanto capelão do Carmelo de Santa Teresa de Coimbra, chegou a ser bispo auxiliar do Porto, cargo para o qual foi nomeado por Bento XVI, antes de ter ido para Angra.
Preside desde 2017 à Comissão Episcopal da Cultura, Bens culturais e Comunicações Sociais, no âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa.