Festival Madeira Dig está de volta em Dezembro com os Giant Swan ou Galya Bisengalieva

De 2 a 7 de Dezembro, o festival de música e cultura digital, que se realiza na Madeira, está de regresso. David Behrman, Kaffe Matthews ou Okkyung Lee serão alguns dos presentes.

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Galya Bisengalieva

Depois da paragem forçada o ano passado, devido à pandemia, o festival de música e cultura digital Madeira Dig, está de regresso, como habitualmente, na primeira semana de Dezembro, atraindo essencialmente público europeu, inglês ou alemão, que acaba por permanecer na Madeira durante alguns dias para desfrutar de alguma da música mais aventureira dos nossos dias e do clima ameno da ilha. Será de 2 a 7 de Dezembro, que uma série de figuras das sonoridades digitais mais exploratórias, actuará na Casa das Mudas, na Calheta, no Centro Cultural John dos Passos e na Estalagem da Ponta do Sol, na Madeira.

O americano David Behrman, pioneiro da relação entre música computorizada e performance, conhecido também pelas instalações sonoras em galerias de todo o mundo, será um dos destaques, o mesmo sucedendo com a violonista sul-coreana Okkyung Lee, que se move entre géneros, do jazz à improvisação, passando pelo noise. A inglesa Kaffe Matthews, pioneira da electroacústica, ou o compositor e clarinetista belga Ben Bertrand, que produz uma sonoridade recheada de efeitos e modelações, são outros dois nomes confirmados. Da Finlândia virá a artista sonora e compositora sueca Marja Ahti, que mistura gravações de campo com sintetizadores e efeitos, enquanto de Belgrado, Sérvia, chegará Abul Mogard, para camadas ambientais de ruído sombrio. A compositora e violinista Galya Bisengalieva, cujas improvisações podem ser ouvidas em álbuns, bandas-sonoras para filmes e TV, ou ao lado de Thom Yorke (Radiohead), virá apresentar o álbum Aralkum de 2020.

A inglesa, mas a viver em Berlim, Lucy Railton, é uma compositora e performer que opera com violino e electrónicas nas áreas da nova música improvisada. Bem mais frenética promete ser a performance do duo britânico Giant Swan, que sem prescindir de experimentação, desenvolve há anos uma electrónica contundente e de impacto dançante. Outros cenários são desenvolvidos pela guitarrista galesa Gwenifer Raymond que são fortemente influenciados pelos blues americanos, como se a paisagem natural do Mississippi fosse transportada para Cardiff. Já Portugal estará representado pelo artista visual e poeta Alfredo Costa Monteiro, a residir em Barcelona, que é conhecido pelas instalações e peças sonoras, e pelo artista sonoro João de Nóbrega Pupo, que tem vindo a confrontar abstracções electrónicas com percussão concreta.  

O festival realiza-se desde 2004, numa organização da Agência de Promoção da Cultura Atlântica, em parceria com a Estalagem da Ponta do Sol e a agência Digital in Berlin. Ao longo dos anos por ali passaram algumas das figuras mais conhecidas das músicas electrónicas mais aventureiras como William Basinski, Grouper, Fennesz, Oval, Lee Ranaldo, Tony Conrad, Supersilent, Oneohtrix Point Never, Tim Hecker, Alva Noto, A Winged Victory For The Sullen, Yves Tumor, Keiji Hano ou Ben Frost.

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