Um retrato exaustivo das fraquezas europeias

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1. O momento não era para fazer ondas. A presidente da Comissão não diria nada que pudesse perturbar demasiado os dias finais da campanha eleitoral na Alemanha, que têm a particularidade de assinalar a saída de cena da chanceler que marcou, para o bem ou para o mal, a vida da União nos últimos 16 anos, afirmando Berlim como o centro de gravidade da Europa e aumentando significativamente a sua influência sobre a agenda europeia. Depois de Merkel, o futuro é ainda um livro que não está em branco, mas que tem ainda algumas páginas por preencher. Mesmo assim, não faltou uma aparente ambição no seu discurso sobre o estado da União. Ou melhor, não faltaram propostas e iniciativas tous azimuts, o que pode ter também a leitura contrária: a longa lista de coisas que a Europa ainda tem de fazer se quiser manter-se na liga dos grandes pólos de poder mundial.

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