A perigosa noção de ausência do futuro
Quando individualmente não se acredita no futuro, é muito mais difícil acreditar nas respostas de soluções partilhadas e em valores comuns. Cria-se assim o vazio onde cai a democracia e emergem os populismos providenciais.
Um estudo sobre a avaliação dos impactes da crise climática realizado entre jovens de dez países de diferentes latitudes e estágios de desenvolvimento (entre os quais, Portugal) deixa no ar um retrato que tem de estar na primeira linha das discussões políticas do nosso tempo: a maioria (56%) dos jovens envolvidos neste estudo pré-publicado na prestigiada revista científica Lancet diz que o mundo está condenado; quatro em cada dez não quer ter filhos por não acreditar no futuro; seis em cada dez dizem que a sua vida será pior do que a dos seus pais e acusam os políticos de traírem as suas expectativas.
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