A América e a China
Nada está determinado. As democracias liberais têm um longo caminho pela frente para se regenerarem. E não vale a pena dar por findo o combate antes de travá-lo.
1. “O que vai acontecer, nos próximos anos, entre a China e os EUA? Que consequências isso terá para o resto do mundo? A questão vai tornar-se omnipresente.” Começa assim um recente artigo de Jacques Attali que vale a pena ler, porque ajuda a colocar em perspectiva a relação que vai dominar o nosso futuro. O antigo conselheiro de François Mitterrand lembra que passámos décadas a admirar o milagre económico chinês e a elaborar sobre o declínio americano. A China fez coisas notáveis: desenvolveu-se, enriqueceu, tirou milhões de pessoas da miséria extrema, criou uma vasta classe média que goza dos prazeres materiais das classes médias ocidentais, desenvolveu-se tecnologicamente, adquiriu um enorme poder militar. Em simultâneo, “os Estados Unidos sofriam mil crises económicas, financeiras, raciais, ideológicas”, incluindo numerosos reveses militares. Foram vítimas de um atentado terrorista apocalíptico cujas imagens ainda hoje nos provocam uma profunda angústia.
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