Uma arte como a da música
Era assim Jorge Sampaio. Quem se aproximava dele ficava muitas vezes surpreendido por encontrar-lhe no rosto uma luz jovem e viva, que não se adivinhava facilmente na penumbra discreta da sua imagem pública.
Ele falava de música como quem fala de uma vida que, apesar de não ter sido a sua, ainda era sua. Essa vida que lhe havia sido possível se a vida que viveu fosse outra, estava nele como aquilo que nunca deixa de nos pertencer. Por isso, gostava muito de falar de música e falava naquele tom de voz e naquele gesto de mãos que dão um som de alegria viva às palavras que se dizem e que se ouvem.
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