A associação Sonoscopia convidou quatro compositores a criarem obras que reflectissem “o que é a vida no Porto de hoje”, num ciclo que se traduz em quatro concertos sob o título “Obras portuenses da década de 20”.

A primeira peça a ser apresentada no ciclo inserido no programa camarário Cultura em Expansão será de Sara Carvalho, na associação Nun'Álvares de Campanhã, a 18 de Setembro. Segue-se o trabalho de Igor C. Silva, a 16 de Outubro, no Auditório Grupo Musical de Miragaia.

A 5 de Novembro, a associação de Moradores da Bouça recebe a estreia da peça de Ângela da Ponte, enquanto a associação da Pasteleira Torres Vermelhas acolhe a interpretação da obra de José Alberto Gomes, no dia 20.

Segundo um comunicado da Sonoscopia, a interpretar as obras estará o quarteto composto por João Dias na percussão, Carina Albuquerque no violoncelo, Clara Saleiro na flauta e Frederick Cardoso no clarinete.

Com direcção artística de Gustavo Costa, o projecto pretende desafiar o público “a ouvir hoje a cidade, para pensar o amanhã”.

Ângela da Ponte nasceu em Ponta Delgada, em 1984, onde ingressou no conservatório regional aos seis anos, tendo estudado na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE), no Porto, a partir de 2004, e na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, sob a orientação de Jonty Harrison e Vic Hoyland, de acordo com a biografia disponível no site da Casa da Música, onde foi Jovem Compositora em Residência em 2011.

No ano seguinte, foi a vez de essa mesma residência ser atribuída a Igor C. Silva, nascido no Porto em 1989, actualmente a residir em Amesterdão, nos Países Baixos. Compositor em residência nos Miso Music Studios, em 2015, foi também residente do Drumming GP, em 2018/19. Estudou também na ESMAE, tendo depois completado um mestrado no Conservatório de Amesterdão. É doutorando na Vrije Universiteit Brussel.

José Alberto Gomes nasceu no Porto em 1983 e estudou igualmente na ESMAE, depois de terminar o curso de piano do Conservatório da cidade. Doutorou-se pela Universidade Católica Portuguesa, onde lecciona e coordena o programa de doutoramento em Ciência e Tecnologia das Artes. Foi ainda curador do projecto Digitópia, da Casa da Música.

A compositora Sara Carvalho nasceu no Porto em 1970, licenciou-se em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, em 1995, tendo ainda realizado um mestrado em Música e completado o doutoramento em Composição na Universidade de York, no Reino Unido, orientado por Nicola LeFanu. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1991 e 1994, e é professora auxiliar na Universidade de Aveiro.