A música do 11 de Setembro: o luto, a homenagem, a fúria, o silêncio
Os tempos já não eram os da contracultura da década de 1960, quando a música e seus protagonistas eram indistinguíveis das lutas colectivas da sua geração. Houve canções, um par de álbuns, erupções de patriotismo e contestação quando aos ataques se seguiu a guerra. A marca mais duradoura foi deixada por aqueles que procuraram uma resposta no silêncio e na introspecção.
Seria um dia recheado de muito aguardadas novidades. Bob Dylan daria continuidade ao seu renascimento criativo com Love And Theft, Jay-Z preparava-se para lançar o histórico The Blueprint, a então super-estrela Mariah Carey lançaria ao mundo The Glitter e os muito badalados The Strokes revelariam o seu álbum de estreia Is This It?. Nesse mesmo dia, os The Coup, grupo hip hop revolucionário, continuavam a enviar à imprensa o álbum-manifesto, com edição prevista para Novembro, ironicamente intitulado Party Music — capa a condizer: dois membros da banda a detonar uma bomba que destruía o coração do capitalismo americano, representado pelas Torres Gémeas do World Trade Center.
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