Países Baixos em alta, França demarca-se e Sérvia tropeça
Noite de goleadas e hat-tricks, com o holandês Depay e o norueguês Haaland a brilharem. Griezmann bisou e alcançou Michel Platini como terceiro melhor marcador da selecção francesa.
A selecção dos Países Baixos fulminou, nesta terça-feira, em Amesterdão, a Turquia, com uma goleada por 6-1, servindo a frio a vingança pela derrota (4-2) no jogo inaugural do Grupo G, de qualificação europeia para o Campeonato do Mundo do Qatar 2022.
A entrada fulgurante da selecção laranja, com um golo de Klaassen, aos 55 segundos, acabou por ser determinante para estabelecer o destaque de uma ronda de goleadas, até por ditar a queda da líder e até esta terça-feira invicta Turquia para o terceiro lugar do grupo, atrás dos neerlandeses e da Noruega, que repartem o comando com 13 pontos.
Isto, já para nem mencionar o hat-trick de Memphis Depay (16’, 38, g.p., e 54’), que entrou no top 10 dos melhores marcadores da história dos Países Baixos, com 33 golos.
De sublinhar a outra goleada do Grupo G, com a Noruega a castigar a frágil selecção de Gibraltar (5-1), muito graças a um hat-trick de Erling Haaland (27’, 39’ e 90+1’).
Quem esteve perto de conseguir outro hat-trick foi Antoine Griezmann, que não passou do “bis” (25’ e 53’) no triunfo da França sobre a Finlândia, no Grupo D. Os “bleus” precisavam de uma almofada para compensar os dois empates consecutivos e, depois de um arranque demasiado amorfo, acordaram para um triunfo tranquilo (2-0). O brilharete de Griezmann foi, de resto, suficiente para igualar Michel Platini no terceiro lugar dos melhores marcadores da selecção francesa, com 41 golos, a dez de Thierry Henry.
Em Lyon, a França aproveitou este triunfo para se demarcar da Ucrânia, na classificação. Os campeões do mundo lideram com 12 pontos, mais sete do que a equipa orientada por Andriy Shevchenko, que tem menos um jogo.
A surpresa maior aconteceu no Bósnia e Herzegovina-Cazaquistão, que terminou empatado (2-2), depois de a selecção visitante ter estado em vantagem, desfeita por um penálti de Pjanic (77’). A Bósnia, que surpreendera a França (1-1), em Estrasburgo, ainda pensou que poderia evitar um desfecho inesperado perante o último do grupo, especialmente depois de Luka Menalo (85’), com assistência de Pjanic, ter colocado a equipa da casa em vantagem. Porém, o encontro ainda teria mais um golo fora de horas, assinado por Zaynutdinov (90+5’), que deixa as duas equipas no fundo da tabela.
Autogolo favorece Irlanda
Mais equilibrado, o Grupo H manteve a lógica dos candidatos, com Croácia e Rússia a justificarem a liderança repartida. A Rússia beneficiou de uma oferta da selecção de Malta, tendo Feder Smolov (10’) aproveitado um atraso mal calculado para o guarda-redes para inaugurar o marcador. Apesar das facilidades concedidas, a anfitriã só nos instantes finais resolveu o jogo com um penálti de Bakaev (84’), golo que lhe permitia assumir o comando (2-0), a par da Croácia.
Os vice-campeões mundiais não precisaram de sofrer perante a Eslovénia (3-0), adiantando-se por Marko Livaja (33’) e ampliando a vantagem no marcador por Pasalic (66’) e Vlasic (90+4’). Desta forma, os croatas assumiram as rédeas do grupo, com um saldo positivo de sete golos.
Implacável, a Dinamarca continua na liderança do Grupo F com sete pontos de vantagem sobre o novo vice-líder, a Escócia. Os escoceses aproveitaram o resultado dos escandinavos frente a Israel (goleada por 5-0) para reclamarem a segunda posição, com 11 pontos, depois de uma vitória importante (0-1) na deslocação à Áustria, construída com um penálti de Lyndon Dykes (30’).
Finalmente, numa partida com impacto directo nas contas portuguesas, a República da Irlanda travou a Sérvia no Grupo A (1-1). Em Dublin, Milinkovic-Savic (20’) deu vantagem aos sérvios, que durante a esmagadora maioria do tempo estiveram mais perto do segundo golo do que os anfitriões do empate. Mas a igualdade chegou mesmo aos 87’, através de um autogolo de Milenkovic (87’), com Omobamidele a ameaçar o 2-1 na compensação. Ainda assim, o resultado foi suficiente para permitir a Portugal isolar-se no topo do grupo.