O poder americano: das ameaças de 2001 às de 2021

Passaram 20 anos. Depois do fracasso do Iraque, veio o fracasso do Afeganistão. A coincidência entre a retirada de Cabul e o vigésimo aniversário do 11 de Setembro não podia ser mais simbólica. Mas o declínio da América é apenas relativo. Não é inevitável.

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Condoleeza Rice, com os antigos secretários de Estado Henry Kissinger e Madeleine Albright, e o antigo secretário da Defesa Frank Carlucci, em 2008 Larry Downing/Reuters
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1. “O que é o interesse nacional? Foi uma questão que enfrentei nestas mesmas páginas em 2000”. Começa assim o ensaio de Condoleezza Rice, publicado no número de Julho/Agosto de 2008 da Foreign Policy, quando chegava ao fim o segundo mandato do Presidente americano que serviu, primeiro como mentora, depois como conselheira de Segurança Nacional e, finalmente, como secretária de Estado. A resposta ao profundo impacto do 11 de Setembro de 2001 na política externa dos Estados Unidos está contida, em boa medida, nestes dois ensaios – o que Rice escreveu na edição de Janeiro/Fevereiro de 2000 e aquele a que pertence esta citação. 

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