No fim do equivalente ao sexto ano do ensino básico, Drago Boychev, de 12 anos, já tem o futuro desenhado a carvão e tinta preta. O rapaz de Melbourne, na Austrália, é fascinado por arquitectura. Sozinho, aprende e aperfeiçoa o olhar para conceber casas acessíveis, funcionais e sustentáveis, sem que percam a beleza.
Começou a alimentar o desejo de transformar a arquitectura do país quando reparou que as moradias dos subúrbios australianos são, afirma, feias, de baixa qualidade e demasiado caras. Em vez de esperar que alguém as mude, tomou rédea do lápis e traçou o primeiro esboço.
Como qualquer criança, Drago começou a rabiscar ainda bebé, mas rapidamente se distinguiu dos colegas. Em vez de cores vivas e grandes marcadores, preferia segurar uma caneta preta.
Aos 10 anos encontrou inspiração nos ângulos do livro Case Study Houses, com imagens de edifícios modernistas. Desde então, sonha tornar-se arquitecto. O desenho, a pintura e a fotografia de arquitectura são também tradições na família.
Todos os meses publica no seu site uma selecção dos desenhos e esboços que faz. Na conta de Instagram é reservado, de poucas palavras, mas partilha, também, construções que o entusiasmam.
Drago segue o lema do arquitecto Louis Sullivan, “a forma segue a função”, e aposta nos materiais em bruto, na integração da vegetação, em grandes janelas e muita luz natural.
“Quero ser visto como o Elon Musk da arquitectura, ou o próximo Le Corbusier”, disse, citado pela Creative Boom. “Aos 16 anos, Le Corbusier criou a sua primeira casa como arquitecto autodidacta. Isso motiva-me muito.”