Lista consensual para a comissão nacional do PS aprovada com 92,45% dos votos
Entre os 251 membros eleitos estão 28 elementos propostos por Daniel Adrião e que António Costa aceitou integrar na lista da direcção.
O PS pode vir a estar dividido no futuro, mas, por agora, dá uma ideia de união. A lista para a comissão nacional, que foi consensualizada com o único adversário de António Costa na corrida à liderança do PS, recebeu 92,45% votos no Congresso de Portimão. Entre os 251 membros eleitos estão os 28 elementos propostos por Daniel Adrião, que o secretário-geral aceitou integrar na lista da direcção.
As votações decorreram neste domingo de manhã e nelas participaram 1007 delegados. Contas feitas, houve 76 votos em branco e 931 votos a favor, conforme anunciou Carlos César, a partir da mesa do congresso. Talvez estes resultados tenham contribuído para que o secretário-geral do partido, no final do congresso, tenha falado sobre o PS como um partido unido, sem problemas. “Este é um partido que, para irritação de muitos, não tem problemas internos e pode dedicar-se ao que realmente importa: os problemas do país e dos portugueses”, disse António Costa.
A lista única à comissão nacional, órgão máximo entre congressos, tem 251 membros eleitos directamente pelo Congresso e é encabeçada pelo secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, seguindo-se a líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes. Os restantes nomes estão ordenados por ordem alfabética, com Alexandra Leitão, que faz parte do secretariado nacional do PS e é ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, em terceiro lugar. Esta ordenação coloca Daniel Adrião — que pela terceira vez foi o adversário interno de António Costa, nas eleições directas de Junho passado, tendo obtido 6% dos votos — à frente de ministros próximos do líder, como Mariana Vieira da Silva.
Adrião indicou 28 elementos para este órgão partidário, os mesmos que tinha conseguido eleger em 2018, na Batalha.
A lista para a comissão nacional de jurisdição obteve 950 votos, registando-se 57 votos em branco, enquanto a comissão nacional de fiscalização económica e financeira foi eleita com 952 votos e 55 votos em branco.