Liga Europa: Sp. Braga enfrenta Estrela Vermelha, Ludogorets e Midtjylland
Minhotos com condições favoráveis para tentarem o apuramento para a fase a eliminar.
O Sp. Braga ficou nesta sexta-feira a conhecer os adversários que vai enfrentar na fase de grupos da Liga Europa. O sorteio, realizado em Istambul, Turquia, colocou os sérvios do Estrela Vermelha, os búlgaros do Ludogorets e os dinamarqueses do Midtjylland no caminho dos minhotos. Equipas que seguramente verão na formação portuguesa uma das favoritas à passagem aos oitavos-de-final.
No Grupo F, o Estrela Vermelha foi o único clube a precisar do play-off para se apurar. Os sérvios fizeram-no, porém, com conforto. Na primeira mão, golearam o Cluj por 4-0 e, na Roménia, cimentaram a vantagem com um triunfo por 1-2. Isto depois de terem “caído” na pré-eliminatória da Champions, com um total desfavorável de 1-2 diante do FC Sheriff.
Treinado pelo sérvio Dejan Stankovic, uma “lenda” do futebol italiano, ao serviço da Lazio e do Inter Milão, o Estrela Vermelha tem alternado entre o 4x2x3x1 e o 4x1x4x1. A experiente dupla de centrais, constituída pelos internacionais australiano Degenek e austríaco Dragovic, é um dos pilares da equipa, sendo que o experiente médio marfinense Sanogo é também muito influente.
Igualmente presente nas eliminatórias da Liga dos Campeões, o Ludogorets começou por bater o Olympiacos, para depois cair no play-off diante do Malmö, num duelo equilibrado (derrota por 2-0 e triunfo por 2-1). Dono e senhor absoluto da Liga búlgara (sagrou-se campeão pela 10.º vez consecutiva), soma três triunfos em três jogos domésticos nesta época.
O lituano Valdas Dambrauskas é, desde a época passada, o treinador do Ludogorets, que se tem perfilado preferencialmente em 4x2x3x1. Uma das excepções foi o exigente jogo com o Olympiacos, na Grécia, em que alinhou em 3x4x1x2, mas as escolhas individuais não alternam muito, até porque o plantel tem algumas limitações. O central Josué e o médio Claude Gonçalves são jogadores com ligação ao futebol português, mas os agitadores são o extremo Wanderson e o avançado cipriota Sotiriou.
Já o Midtjylland, líder do campeonato da Dinamarca (que em 2020-21 foi conquistado pelo Brondby), conseguiu eliminar o Celtic na tentativa de chegar à Champions, antes de ser afastado pelo PSV, adversário do Benfica no play-off. Organizado em 3x4x3, e sob as ordens de Bo Henriksen, conta um duplo pivot estável no meio-campo (Onyedika e Evander) e com dois atacantes versáteis, os extremos Anders Dreyer e Awer Mabil, que chegou a representar o Paços de Ferreira.
Com um capital de experiência significativo na Liga Europa, o Sp. Braga parte para a competição com legítimas ambições (e algum favoritismo no grupo) de se qualificar para a próxima ronda. Até porque, na época passada, com a mesma equipa técnica e um plantel muito parecido com o actual, apurou-se para os 16 avos-de-final com grande autoridade, fase na qual haveria de cair diante da Roma.
Na presente edição do torneio, há, porém, uma alteração na lógica de apuramento. Apenas o vencedor de cada grupo garante uma vaga imediata nos oitavos-de-final (deixa de haver 16 “avos”), sendo que os segundos classificados terão de disputar com as oito equipas que “cairão” da Champions os restantes oito lugares na eliminatória.